Galgando a imaginação

Filmei esta poesia em raras
 
lembranças que se apressam
 
na viagem do tempo
 
galgando todas as adversidades
 
vencendo todos os medos
 
que desencorajamos
 
em sonhos e cumplicidades
 
 
– Buscamos na imaginação
 
nossas efemérides vestidas
 
na itinerância de tantas primaveras
 
onde adormeço minhas atónitas

Dente de Leão

Um rugido sai de um dente de leão
O teu pai é careca? O meu é que não
Enraizada a noite sem confusão
De dia casca de pinho no chão
 
Reflexo de luz com imperfeição
Vê-se poesia até no lixo do chão
Até se encontra um bocado de pão
Migalhas inúteis ou um garrafão
 
A perfeição arrasta o rim
Em patas que pousam em mim
Um voo que acaba por fim
No sítio de onde eu vim
 

Um novo começo sem comparação...

Enchi o vazio dos meus silêncios
 
com coisas coleccionadas na orla
 
da harmonia fascinada pelo canto
 
ruidoso da vida
 
Agitei todas as quietudes apaziguadoras
 
e essenciais à luz que se estende madrugadora
 
nas igneas chamas de vida que brotam em ti
 
tão avassaladoras
 
 
– Percorri toda a serenidade prescrita
 

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