Canto III

Canto III

 

Eu amo a mulher

que me ama,

eu sou o seu vigia,

e ela é a minha casa!

 

É porque eu namoro

com ela,

e ela me namora;

Eu sou o seu mar,

e  ela é a minha terra!

 

É porque eu caso

com ela,

e ela casa comigo.

 

Eu serei o sol  

dos seus dias,

e ela será a lua 

das minhas noites.

 

A rua dorme de noite!

 

Sérgio Accioly

Nostalgia

Tenho sede. Muita sede. E apesar desta minha imensa sede, falho em sacia-la.
Por muito deserto que a minha vontade quebre, é a minha própria vontade que parece ser quebrada, seguindo um ritmo pausado pela brisa de um deserto marcadamente seco e sem vida.
Procuro refúgio na sombra daqueles que outrora eram oceanos, para me deparar com miragens. Colunas majestosas de areia, e nada mais do que isso.
Procuro saber, preciso de conhecer. 
Necessito de algo mais do que simples areia.
E daí, talvez tudo o que eu possa aprender, não passe mesmo disso.

Manhã de primavera

Manhã de primavera

 

- Venho das cabeceiras do rio,

aonde vai você tão bonita,

nessa manhã de primavera?

 

Venha ver o que eu trouxe pra você,

estava com tanta saudade,

gosto de ver você feliz assim...

 

- É mel, é um doce mel silvestre,

das flôres, és a mais formosa,

Rosa;

És um pôr-do-sol,

és uma lua cheia,

és passarinhos fazendo revoada,

és uma cantiga boa de ninar!

 

Sérgio Accioly /

Flávio Aquino

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