Lembro-me de ti

 

Lembro-me de ti...

Ao acordar.

Recordo-te como um véu mágico

Que me envolve e me abraça

Cada amanhecer.

Lembro-me de ti...

Em todas as horas do meu dia.

Recordo o teu sorriso lindo

As palavras meigas

Que me dizes ao ouvido

Quando minha alma tem sede

De ti, meu Amor.

Lembro-me de ti...

Quando estou alegre

Penso no nosso jardim

Em cada rosa que me ofereces.

Lembro-me de ti...

Quando estou triste

Do teu carinho

Do nosso ninho

Do nosso cantinho

Fascinação

Consolei-me em tuas
 
tardes enfeitadas
 
de sortidos afectos
 
escorrendo o tempo na ampulheta
 
onde demarcamos a cronologia
 
copiosa dos nossos insurrectos desejos
 
 
Contentei-me descrente
 
ante os desafios de começar
 
ou recomeçar
 
dividindo esperanças indiferentes
 
autenticando toda a promessa

Preciso de...

Preciso de descansar dentro de mim.
Voar, voar até me cansar.
Preciso de gritar, sorrir…
Chorar e me acertar.
Preciso de sair deste labirinto.
Desatar nós, juntar cacos…
Expelir o que sinto.
Preciso contornar minha existência
Virar páginas, acordar…
Pintar de luz o sofrimento na sua essência.
Preciso de tranquilidade…

As tuas mãos

São mãos que me afagam...

Que concretizam sentimentos.

São mãos que me acariciam...

Mãos que me amparam

Em horas incertas.

As tuas mãos

São mãos que realizam sonhos

Sonhos mais íntimos.

Nas tuas mãos

Está o silêncio do teu olhar.

As tuas nãos

São como canções

Que eu não sei cantar

Entardecer

Que encanto

Este momento presente

Que lindos painéis

Bailam na minha mente.

A inspiração faz-se presente

E tudo se torna poesia eternamente.

A brisa invade o meu olhar

O perfume do vento embriaga-me

Sinto saudade do mar...

Vem meu amor...

A noite não tarda em chegar

Vem vislumbrar o por do sol

A paisagem é de encantar

Vem ver o sol a fundir-se no mar

Vem conjugar comigo o verbo amar

Brisa de amor

Pode chegar como um vendaval

A um coração carente de amor

Brisa que acaricia

Envolve, perfuma e dá calor

Brisa que beija, que encanta

Que os males espanta

E deixa uma substância, uma essência

Uma primavera em flor

Na alma de um trovador.

Acalma anseios, desilusões

Seca as lágrimas, atenua a dor

É vento suave que alivia

Ampara e conforta a agonia

É  brisa de amor

Nuvem ligeira tingida de rosa

Apatia

Preferes viver só, distante...

Mudo, num silêncio profundo!

Junta-te a mim, um só instante...

Abriga-te na tinta dos meus versos

Entre as palavras ternas que te escrevo.

Que a solidão não te devore.

Sê firme, sê forte!

Afasta de ti essa névoa…

Olha o mundo, vê algo bom...

A natureza e o seu som

Afasta de ti essa dor

Mundo meu

Pincelo-te mundo meu

Com pincéis de ternura

E com cores de esperança

No Céu azul, eis que surge o arco-íris

No horizonte, a tua lembrança

Crio o mundo que sonhei

E as estrelas brilham

Como eu sempre imaginei

Quero ser um bom pintor

Ser poeta ou criador

Apaixonar-me por simples telas

Pintar as coisas mais belas.

Com a força de te amar

Partilho a doçura do mar

Crio flores e cores

Desvendo o luar

E nenhum sábio pintor

Saberá com tal primor

Esta imagem estampar

Pages