AMOR
Autor: mariele elissandra on Monday, 2 March 2015
Quando pretendemos ter uma visão panorâmica do espaço ao nosso redor, a fim de estabelecermos maior compreensão do que ora estamos a observar, nós procuramos olhar tudo de modo mais distanciado. A mesma coisa se dá com o tempo, pois, à medida que ele corre, mais nos afastamos de nosso passado, razão pela qual podemos entender melhor tudo que aconteceu conosco.
Quando pretendemos ter uma visão panorâmica do espaço ao nosso redor, a fim de estabelecermos maior compreensão do que ora estamos a observar, nós procuramos olhar tudo de modo mais distanciado. A mesma coisa se dá com o tempo, pois, à medida que ele corre, mais nos afastamos de nosso passado, razão pela qual podemos entender melhor tudo que aconteceu conosco.
Sou um transeunte da vida,
Pululo por estradas de fantasia,
Seduzem-me os adornos das vias
Que me engajam nas áureas lidas,
Pois cada passo é meteoro de ouro.
O compasso da existência é breve,
No espaço da sobrevivência o tempo
Constrói ilusões e soterra vaidades
Mostrando que no cérebro humano
A terra seca sepulta anseios e vontades.
Há um istmo que me liga ao metafísico,
É uma frincha onde o pensar dormita,
Muitas vezes faminto, preso numa cripta
Los sueños han zambullido en alto mar,
Ahora van navegar en aguas profundas,
Pero ellos no saben nadar,
Ciertamente se habrán muerto ahogados.
Yo tengo que los salvar
Entonces me voy zambullir también,
Igualmente no sé nadar
Y nos moriremos juntos...
La vida no puede quedarse sin sueños,
El mundo estará huérfano,
Inmenso desierto cubrirá las personas
Y todo será vacío.
El sueño es la esperanza de un nuevo día,
Lo imposible se convierte en realidad,
Sinto-me moleque a garimpar ilusões,
A travestir-me de Dom Juan e caçoar raparigas,
Plenamente indiferente ao ribombar das intrigas
E mercenário das palavras que entortam corações.
Vejo-me caduco ao recordar tais intrujices
Que fizeram de mim mancebo de mil faces,
Usei a inteligência como símbolo dos disfarces
Que interpretei cabalmente em minha meninice.
Os anos deixaram no tempo dissabores profundos
E ainda me rio ao lembrar que fui o vagabundo,
Estertor das madrugadas e lampião das donzelas...
Ejaculei pensamentos
Sobre a réstia da lua,
Recebi da noite
O orgasmo das estrelas!
No céu estava escrito
Que, para concebê-las,
É preciso despir-se das vaidades
Que a terra acumula.
Masturbei ideais
Que se bronzeavam
À luz do sol!
Ganhei do dia
O abraço com
Flores de primavera,
Mas o vento imprimiu
Na brisa de minha janela
Que o calor alimenta
O bater dos corações e
Desnuda-se de seu anzol...
Copulei com as folhas caídas
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