Retorno

Com relutância voltei...

Confesso tamanhas saudades

Releio vocês ....sorrio , sorriso feliz

Gavetas que escondem sonhos

  Palavras que calam

Ousaram  expor minha alma

Refletir o que não me permito sonhar

Blindam-me  com olhares doces

Abraçam - me

Como o frescor  das manhãs Pós – tempestades

Labirintos que se encaixam

LAUDA POÉTICA

Posso despir as palavras e rasgar suas vestes,

Deixar que o conteúdo semântico cause taquicardia,

Fantasia é universo deveras indispensável à poesia...

Sem ela,  quem escreve não é poeta, é herege!

 

Versejar é criatividade, a imaginação alimenta o texto,

Na tessitura do vocábulo amplia-se o tear linguístico,

A sensibilidade atua como matriz do senso estilístico

Que roga ao campo ideológico ineditismo sem incesto!

 

Intimidade com a linguagem é recurso que o artista

COSMOVISÃO

Deixai-me ouvir a voz que sussurra em  minh’alma

E as cachoeiras que choram águas na natureza...

Prados e bosques sentem no frio dos ventos

A algazarra dos pássaros que cantam solitários

Melodias em que o crepúsculo convida a aurora

A bailar perante o rubro arrebol que desperta e morre...

 

Deixai-me escutar o mar que joga bravias ondas

Sobre as pedras insensíveis do pálido litoral

Que boceja suas ingratidões sobre tapetes de areia...

Tempestades de emoções inundam no calor das noites

Tridimensional

Em canto porque
 
assim a vida em mim existe
 
e por cada instante se ali
 
te visse
 
atravessava até as noites
 
pra te curar de manhã
 
com beijos repletos de tanto amor
 
 
Em canto porque
 
assim permaneço em verso
 
defronte do teu indisfarçável elogio
 
faço até ponte
 

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