Perdidos no tempo

Perdidos no tempo
 
Neste presente ou futuro
sou o livro que lês
as palavras que discurso neste modesto
e intempestivo feixe de luz
maravilhado na fronteira inacabada
entre o sol e a lua
dissolvidos, insânos 
sem espanto 
contendo nossas mãos 
vazias com um pouco de nada
 
construímos valores magnos
implementamos leis e princípios 
com deveres, saberes e sabores intemporais

Dor em poema

Choro um amor desfeito

Nascido docemente do meu peito.

Reviro meu mundo…

E sinto-me lá no fundo.

Meu olhar é molhado,

Meu coração despedaçado.

Meu sonho se desmoronou,

Gritou por ti, teu nome chamou…
Rasgo as recordações,
Apago as ilusões.
Adormeço e acordo na tua lembrança,
Acordo e adormeço na esperança,
Da ausencia de alguém que me traga a cura
Do teu silêncio que tão alto murmura.
Repouso assim nos braços da solidão
Com o amor que se foi …
E deixou tão triste o meu coração !

Zneves

Circunavegação

Circunavegação
 
cai a tarde aborrecida
ando percorrendo meus
caminhos em busca
da absolvição
e aconteça o que acontecer
repartiremos o pão que nos mata
a fome
colheremos nos jardins celestiais
o arco da circunavegação
onde nossos veleiros trajados
de esperança navegam rumo
à estrela comovida 
e lá pernoitaremos, ávidos
supremos
disponíveis

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