O ROSTO DO ESPELHO

olhei-me ao espelho
estavam lá todas as minhas rugas
cicatrizes filhas do tempo
que já se passou
e que não me permitem fugas
do tempo que comigo morou
e no meu rosto desenhou
cada linha a seu gosto
uma recta marcando um desgosto
uma curva sinal de uma risada
pigmentos que conhecem em mim
a sua última morada

Falar por falar

Falar por falar
 
Já não falo de mim mais
desisti hoje mesmo
já nem sei até
se tenho alguma saudade 
me lembrando assim
fechei todas as portas
ao coração como um livro, 
cheio de nossas lembranças
em cada palavra adormecida
nas prateleiras da minha saudade
até que o pó dos velhos tempos
chegue e desfaça o corrosívo
desespero meu 
anda que credível
pedindo apenas a todos

O Poeta Corrompido!...

Meu caro, por que anda tão abatido?...
Perdeu a maquiavelice de viver? 
Não! Por aí não!... Vai cair na rua errada!
Essa pressa é o que te impede de correr. 
 
Agora que as coisas andaram
Vive um falso luxo 
Devolvendo recusa e ingratidão
(Recusa bastarda. Recusa juvenil...)
Quer ver a brasa acender
Esquece que é cão do canil. 
Quem te disse isso?
Quem te apresentou a jogada?

COMO TE ESQUECER

AMO...QUANDO ME AMAS

COM TOQUES FINOS

 DE TUAS MÃOS DELICADAS

QUE TRÁS A TONA

TODO ESSE SENTIMENTO

QUE ME PRENDE A TI.

COMO NÃO TE AMAR?

SE DEIXAS RASTROS

EM MINHA ALMA

QUE PROPAGA ESSE CALOR

FAZENDO NOSSOS CORPOS

SINTONIZAR NUN ÚNICO BAILADO.

COMO TE ESQUECER?

ME DIZ?

SE CADA MINUTO LONGE DE TI

PRA MIM É UMA ETERNIDADE

SE JOGO TUDO PRO ALTO

TE BUSCO EM MEUS SONHOS

E TE FAÇO, SÓ MEU!!

(AD)

Meu Brother!

Eu caminho pelas ruas.
Eu conheço pessoas.
Eu atravesso a faixa de pedestres.
Mas eu nunca mais
Cruzei por tua passagem... 
Hoje só o vento lembra a tua imagem!
Teu óculos escuro
Foi parar em outra praia
Distante. Muito distante!
As tuas mãos
Que muito já esmurrugaram 
Se fecharam pra sempre
Como a carne efêmera 
De que somos feitos. 
Meu brother!
Não vou negar. 

Sútil Forma de Escrita.

A face dos loucos
É azul-Brasil!...
Na margem dos morros 
Um menino de fuzil. 
Que faz a fuzarca
Sem poupar sangue...
Que afoga a favela
No próprio ódio 
De gangue!
 
A culpa cai em quem?!
 
Um poema de escova
Fala de coisas
Que passam despercebidas
E não apenas de coisas
Favoritas...
 
Escorrega! 

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