À IGREJA DA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, EM CAMPINAS

Salvo meus passos silentes
Pilhando ao léu suas escadas
Em busca dos penitentes
Tão frementes,
Tão frementes junto ao nada.

O nada eu via defronte
Aquele pórtico belo,
Mas surgia em minha fronte
Uma ponte
Uma ponte de desvelo.

E, sobre a fé eu andava,
Adentrando o alvor latente,
Meu silêncio qual aldrava,
lá chamava
lá chamava o onipotente.

Eu ressurgia do fosso
Ajoelhado no altar,
Prostrando ao chão meu pescoço
De remorso,
De remorso a murmurar.

Deuses

deuses brincam
envoltos em linho branco
 
o carrocel gira vertiginosamente
no eterno mundo humano
 
e gira
até ao zero
ao infinito
 
o omnipresente observa
 
então os deuses,
na sua sabedoria intemporal
limitam-nos
nas nossas acções . palavras . pensamentos . emoções
 
e continuam a brincar
rindo desesperadamente

SONHOS

JÁ NÃO TENHO

TANTOS SONHOS

TANTAS LEMBRANÇAS

DO QUE FOMOS...

JÁ NÃO TENHO

TEU SORRISO

TEUS ABRAÇOS...

MEU PARAISO.

NÃO TE BUSCO...

TANTAS VEZES

EM MEU PEITO...

CICATRIZES

NÃO SINTO MAIS,

TEUS BEIJOS

ESQUECI...

QUE FOMOS FELIZES.

JÁ FIZ TUAS MALAS

TE TIREI DA MINHA VIDA

ME CANSEI DE TANTAS MAGOAS

SOFRIMENTOS E DESPEDIDAS

TOU PERDIDA NO TEMPO

NA ANGUSTIA E SOFRIMENTO

JÁ NÃO TE ENCONTRO MAIS EM MIM

JÁ NÃO TENHO MAIS SAUDADES

Convide amigos e receba moedas

Dedico a Judite Sibia

 

Quando penso em ti meu peito canta de amor

Não que queira roubar os deuses a tua gloria

Que rabisca o teu gingar sobre os lençóis de areia

Ao lacrimejo da tua mocidade bem adormecida

 

 Não que eu queira te impressionar com as estrelas

Pages