CRUZ

CRUZ

Cruz que carrego em minhas navegações
Atordoam meus neurônios, exaustam-me.
São fatos que a vida me deu de presente
Despejou em meu ser este sofrido aposento

Solidão me maltrata nesta conjunção errada
Tira de mim o abraço do amor desejado
Coroa minha cabeça num presente tão amargo
Deitam-me em leito por mim renegado

Cruz dos meus dias vividos, rastejados.
Uma bola de neve sem contagem regressiva
Que dançam sobre o vento num ardor tão passivo

ATITUDES

ATITUDES

Nem um rumo se toma sem atitudes
As ruas são retas, sem esquinas da vida
Os morros esquentam a cada subida
E as descidas são apedrejadas pelo vento

Sem sentido não se vai a lugar algum
Sem coragem o mundo te rejeita
Os bêbados caem pela falta do existir
Os sóbrios alargam-se pela vontade de subir

As flores exalam perfumes quando cuidadas
Despertam atenções sem distinções
Um bem querer com muita vontade de sobreviver.

Paixão inebriante

Paixão inebriante

Sua sombra me persegue
Trespassa meu corpo, me desespero.
Toco-me em desejos, não supero.

Sem controle te puxo, te arranho.
Baixinho,sussurro teu nome my Love
Em loucos e apaixonantes movimentos
Jogo-te na cama com ousados argumentos

Inteira, fértil e alucinada, enlouqueço-te.
Embriagados e dominados, desafogamos.
E explodimos neste fogo contundente

Loucos, estimulados e apaixonados.
Subimos aos céus isentos de pecados,
E degustamos o vinho desta paixão inebriante.

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