- Paz & Apatia -

        - Paz & Apatia -

Que eu não sei se há pouco pergunto:

Quais são as formas e as expressões?

Adro - silêncio ou à grade indiferença

Se ao menos as palavras que faço uso

Publicamente de contínuo ser minhas

Primitivas nem extintas sã de distinção

Griladas às minas do ouro primas joias

Equilibrio...

Equilibrio...
 
Ficou-se a tarde entorpecente
perdida entre 
todas as minhas argúcias 
resta somente o que me falta 
ainda mais límpida a volúpia
requebrada na luz
da tua ausência que me mata 
qual cor de aço que reluz
flutuando, 
ampliado ainda mais a minúcia
de cada palavra escorrendo
íngreme pelos flancos do 
meu silêncio perfumado
de incensos e equilíbrios

Um dia destes

Um dia...
 
Um dia destes
para aqui me vou
e lá ficarei...
e nem quero mais saber
se volto ou não
mesmo que meu coração
em desordenado abandono 
de mim se ausente inconsciente 
enxugando palavras retemperadas de amor
complacente até quando clemente
chegar por fim o tempo apaziguador
FC

O céu chorou comigo...

O céu chorou comigo...
 
Sei de alguém que partiu
e o céu chorou comigo
sei de alguém que muito amou 
elevem-se todos os estandarte da alegria
sei de alguém que se despediu de nós, 
bailemos até que a madrugada
de novo se recoste neste destino
desafortunado
para que a saudade se exprima
ao chegar ao infinito dos céus 
e lá me confesse inaudito
o meu compromisso com Deus 
a mesma Fé tamanha, silenciosa

Uma Mulher

Uma Mulher

 

Uma mulher é soberana quando ela não teme suas estrias

Uma mulher que é dona de si só usa espelhos pra se exercitar

Uma mulher sabe que existe ela, depois o mundo lá fora

Uma mulher tem dela o bastante, ela mesma como amante

Uma mulher que quer a proporção do mundo que lhe cabe

Uma mulher sabe que todo mundo é uma oportunidade

Uma mulher não aceita ser paga pra ser mulher

Uma mulher não quer ser um personagem feminino

Sozinho a pensar

Como é triste, eu deitado nesta cama grande…                                                          Sozinho a pensar quando me bates á porta, todas as rosas que enviei foi com paixão e saudade. Todas as cartas que escrevi, levaram o meu carimbo de desejo e sofrimento, a falta de estar abraçado ao teu físico de mulher, completa e bela. A dor no peito pela tua ausência nas manhãs do nascer do sol, mais um dia perdido em pensamento, louco e paranoico das lembranças inesquecíveis a dois.

Despertar

Despertar
 
 
 
 
O que é o mal?
- O que oculta o amor!
 
Qual a cura do mal?
- Apenas o amor!
 
Mas se não o conhecemos?
- Ele vem da flor!
 
Mas as flores tem espinho?
- quando se enxerga dor!
 
Existe dor no amor?
- Não para um beija flor!
 

O que seria do mar sem marés...

O que seria do mar, sem marés
- ao amor...
 
Resignado hoje
até me deixo
mais que desvairado aprisionar 
em tuas ausências ontem relembradas
e tão reveladoras 
do imenso lagar secreto
onde agora
até nos aperfeiçoamos
desvendando aquelas maresias
projectadas na rota dos nossos oceanos
em franca ebolição e sinestesia
 
Que seria do mar
se as marés não assumissem

Pages