Tempestade

 
Como chove aqui,
neste calor abrasador,
maior chuva eu não vi
no meio de tanto calor.
 
A tempestade veio
não avisou o céu azul.
Não se entende a verdade a meio,
a não ser que mentira a regule.
 
Espera que a chuva passe,
tempestade de clima tropical.
Sei que se à minha espera ficasses,
não seria nada normal.
 

 

Por isso vai.

 

Seu sorriso

Seu sorriso 
 
Sabem,
afinal eu sempre me amparo
no sorriso dela,
desbravo-me na inércia do tempo
quando estou a salvo
repleto nos ventos de feição
eu me descubro e me guardo
e de costume até me modelo
em tudo o que sou
quando tudo o que dou
é até às vezes, um raio de sol
que por mim se aventurou;
 
Quando quero
passo,posso e dito as regras
em minha poesia

O que nos devora...

O que nos devora...
 
Às vezes apetece-me mesmo 
fechar os olhos
e sair por aí
deixar-me consumir como o restolho
sentindo que tudo é passageiro
até a solidão onde me recolho
preparando-me hoje 
mais que confinado
às bermas de uma enorme tempestade
recostada neste cântico sentido
sem nunca ter outro motivo
que não seja estar aqui
ser aguerrido, como outrora

Ilustre flamingo

Da minha janela vejo o ilustre flamingo, pendurado pelas suas pernas da espessura de uma cana, por ali ficam a saborear ao sabor da corrente desde domingo, os ventos mudam e a água seca, só fica a lama. Eu fico só junto á minha janela á espera que eles voltem um dia, são uma espécie rosada e engraçada de bico aguçado, fico parado a observar a tamanha beleza que emerge energia, a sorte que tenho e que o destino assim o quis, o meu vizinho e querido rio sado

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