A HÓSTIA

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Hoje li um poema
Como quem toma uma hóstia.

Nem sempre a poesia – tal qual a vida –
Possui este arrebatamento transcendental.

Sei que existe magia em meu redor,
Mas ela não está sempre disponível para mim.

A minha cabeça está pouco tempo livre
E no meu ser manifesta-se esta incapacidade:

Umas vezes, quero e não posso;
Noutras, posso mas não me predisponho…

E a vida arrasta-se num somatório de promessas adiadas!

LÁGRIMAS EM FLOR

Que te regues por si só, minha pequena margarida
E que não haja nesse mundo quem lhe possa acalentar
Pois só assim descobrirás que não é só a luz solar
Que lhe irradia essa vida sedutora e tão querida

Que te valas por si só, com nada mais que acrescentar
Que nem o brilho das estrelas nem a forma de sua vida
Ora conduzam tua alma tão sincera e tão ferida
Para os ventos desse mundo que não passam de algum ar

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