Instantes

Serão tuas, doce amada,
as ruas de Outono.
Teus, os ventos do norte
que trazem o frescor
dos dramas conjurados.
E tuas, as chuvas que brotam
os novos tempos.
Caminhe teus novos caminhos
e beba em todas as esquinas
a doce noite dos amantes.
Somos instantes.

                     Para a Musa.

Quem Somos?

Quem nós somos?

E o que resta de nós?

Lembranças daquilo que já fomos,

Mas ainda ouço a tua voz.

 

Não morremos,

Morreu a ligação que havia entre nós dois.

Nunca saberemos,

Como seria o amanhã e o depois.

 

Tento te evitar,

Mas quero estar perto de ti.

Não sei se quero voltar a amar,

Um sonho em palavras

"Um sonho em Palavras"
Continuas sem compreender certas palavras,
teu destino numa realidade na qual te marca,
não dúvidas de nada numa porta encostada,
no que está escrito entre o teu corpo e a tua alma.

Pensas que estás errado,
lembra-te, não és o culpado,
nessa imagem, nesse retrato,
onde tudo é demonstrado num sonho traçado.

Entre críticas e mentiras,
vais olhando com alegria, o sol te ilumina,
deixas-te ir num instinto declamando poesia,
sorriso iluminando teu caminho por essa tua agonia.

Sem Saber o Que Fazer

Não sei o que fazer, tu estás longe de mim,

Posso falar contigo mas nem sequer te posso ver.

Sei que não há futuro, mas recuso-me a aceitar um fim,

E sei que alguém como tu, não vou voltar a conhecer.

 

Que mau este destino que tem sempre que me calhar,

Talvez nunca haja cura, quando a doença é amar.

Procuro soluções, mas a minha mente está vazia,

Já nem consigo fazer bem, aquilo que dantes fazia.

Não me Interessa

Não me interessa se estou para morrer,

Pois a minha vida a muito que levas-te.

Não me interessa se te vou esquecer,

Porque tu de mim jamais te lembraste.

 

Não me interessa se guardas de mim rancor,

Porque a tua opinião nunca foi boa a meu respeito.

Não me interessa se sentimos, ou não, amor,

Porque há muito roubaste o coração do meu peito.

 

O Corpo em que me Deito

Nos umbrais do desejo

Ouve-se a voz de uma criança

No destemido firmamento

Nasceu a esperança

 

Como fora de ti

Sentes uma dor no peito

Em ti ainda pulsa

O ardor do teu leito

 

Tão longe de ti

Ainda arde aquela chama

De um coração selvagem

Que a inocência reclama

 

Coração faminto

Que saltas de prazer

Na eterna juventude trazes

A rebeldia em teu viver

 

Além de ti

Nada mais existe,

Do que um mundo

Que para ti subsiste

 

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