AO QUE ME ÉS FLOR CRESCIDA ENTRE GUERRAS

Pois que trema toda a terra e que se rache em mil pedaços

Despertando mil vulcões que desçam sangue e também lava

E o que o céu se escureça em sua tormenta vil e brava

Pois aqui eu estarei com minha flor entre meus braços

 

Pois que o mar de negro amor cale a coroa de vez flava

E que o vento mais sarcástico rompa lágrimas e laços

Que o deserto mais sombrio nos engula quaisquer traços

Pois aqui eu estarei com milha flor de pele alva

 

Pois que o mundo se acabe, nada mais tem importância

Querer-te e deixar-te ir

Porque por eu me sentir mal não quer dizer que toda a gente se sente mal.
Porque por eu pensar nas pessoas
não quer dizer que as pessoas pensam em mim.

Porque por tu me fazeres falta,
não quer dizer que eu te faça a ti.

E então eu levo-me como sempre levei,
Talvez um bocado mais infeliz.
(Eu não quero ser rei,
nunca vi um feliz.)

Eu quero... (para JL)

Eu quero ser, para ti, imprescindível

como o ar que tu respiras.

Quero que meu beijo te acalente e

que meu abraço seja a tua proteção.

Eu quero te fazer desistir de chorar

e, se incapaz disso,

quero ser eu a te confortar e

enxugar as tuas lágrimas incontidas.

Quero caminhar ao teu lado,

mesmo em silêncio; contemplar contigo

cada nascer e deitar do sol.

Eu quero dormir em teus braços,

segura de não haver lugar mais seguro;

deitar e acordar ao teu lado.

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