Canção Para o Meu deus
Autor: Arlete Klens on Friday, 21 March 2014Canção para Meu Deus
Canção para Meu Deus
Quem nós somos?
E o que resta de nós?
Lembranças daquilo que já fomos,
Mas ainda ouço a tua voz.
Não morremos,
Morreu a ligação que havia entre nós dois.
Nunca saberemos,
Como seria o amanhã e o depois.
Tento te evitar,
Mas quero estar perto de ti.
Não sei se quero voltar a amar,
"Um sonho em Palavras"
Continuas sem compreender certas palavras,
teu destino numa realidade na qual te marca,
não dúvidas de nada numa porta encostada,
no que está escrito entre o teu corpo e a tua alma.
Pensas que estás errado,
lembra-te, não és o culpado,
nessa imagem, nesse retrato,
onde tudo é demonstrado num sonho traçado.
Entre críticas e mentiras,
vais olhando com alegria, o sol te ilumina,
deixas-te ir num instinto declamando poesia,
sorriso iluminando teu caminho por essa tua agonia.
Não sei o que fazer, tu estás longe de mim,
Posso falar contigo mas nem sequer te posso ver.
Sei que não há futuro, mas recuso-me a aceitar um fim,
E sei que alguém como tu, não vou voltar a conhecer.
Que mau este destino que tem sempre que me calhar,
Talvez nunca haja cura, quando a doença é amar.
Procuro soluções, mas a minha mente está vazia,
Já nem consigo fazer bem, aquilo que dantes fazia.
Não me interessa se estou para morrer,
Pois a minha vida a muito que levas-te.
Não me interessa se te vou esquecer,
Porque tu de mim jamais te lembraste.
Não me interessa se guardas de mim rancor,
Porque a tua opinião nunca foi boa a meu respeito.
Não me interessa se sentimos, ou não, amor,
Porque há muito roubaste o coração do meu peito.
Nos umbrais do desejo
Ouve-se a voz de uma criança
No destemido firmamento
Nasceu a esperança
Como fora de ti
Sentes uma dor no peito
Em ti ainda pulsa
O ardor do teu leito
Tão longe de ti
Ainda arde aquela chama
De um coração selvagem
Que a inocência reclama
Coração faminto
Que saltas de prazer
Na eterna juventude trazes
A rebeldia em teu viver
Além de ti
Nada mais existe,
Do que um mundo
Que para ti subsiste
Pois que trema toda a terra e que se rache em mil pedaços
Despertando mil vulcões que desçam sangue e também lava
E o que o céu se escureça em sua tormenta vil e brava
Pois aqui eu estarei com minha flor entre meus braços
Pois que o mar de negro amor cale a coroa de vez flava
E que o vento mais sarcástico rompa lágrimas e laços
Que o deserto mais sombrio nos engula quaisquer traços
Pois aqui eu estarei com milha flor de pele alva
Pois que o mundo se acabe, nada mais tem importância