Poema complementar

Porque de algum lugar
há de se aproximar,
de um a outro ser
e um fim a procura ter.

Porque em algum lugar
há de se encontrar
inteiro ou metade
amor que volta e invade.

Porque em algum lugar
há de se perpetuar
o que no gozo flui
e apenas o coração intui:

união por ser complemento
encontro por ser difícil
corpo por se dar vicío
parte por ser reinvento.

Noite (23-01-2014)

Vem Noite, vem de mansinho;
Conta-me: o que faço eu aqui?
Buscarei eu um só carinho
De alguém qu'eu nunca vi?
 
Vem Noite, aconchega-me,
Tapa-me sob os teus cobertores -
Serás tu o meu único aconchego?
Deverei esquecer outros amores?
 
Ó Noite, Noite abençoada
Que numa fria madrugada
Me vens, gentilmente, aquecer...
 
Sinto-te em mim como ninguém;
E a ti, só eu te quero também -

NOSSO FUTEBOL

Brasil o país do futebol,
Que canta o hino nacional.
Com a bola e o talento,
O Brasil vai viver esse momento.
De mais uma vez ser o campeão,
Trazendo o hexa a toda a nação.

Onde o mundo vai aplaudir,
O verde e o amarelo do seu colorir.
Onde a rivalidade é dominante,
Em seu caminho constante.
Onde o Brasil é o tema por toda parte,
Jogando e ganhando com o seu futebol arte.

Só, navego num oceano vazio. Com ela, mergulho no meu mais íntimo e sigo em frente. Descubro o meu eu, e recordo dias passados, onde a alegria brotava em mim, como a seiva brota do pinheiro.
Numa noite de trovoada em que tinha por companheiro o vento, perdi-me. Se me voltar a encontrar serei de novo feliz. 

Salmo Novo

Louvo a Deus, do mais profundo do meu coração;

Louvo a Deus, ao Deus que fez o ar que respiro;

A água que eu bebo;

O animal e a planta que eu como.

 

Louvo a Deus que me fez nascer

E não me deixou ser abortado,

Não me deixou desamparado

No ventre materno desesperado.

 

Louvo ao Deus que me mostrou a luz

A cor, o brilho e a beleza;

Que me fez ser poeta

Para celebrar Sua criação.

 

Louvo ao Deus da vida,

Ao Deus das maravilhas

As quais a inteligência humana

Vida Concreta

Ando pelas ruas me forçando a acreditar

Que o chão em que piso é concreto,

Com a cabeça nas nuvens

Cada vez mais etéreas, mais distantes…

 

Estou cercado de um ar vazio,

À minha volta, tudo parece vácuo

Me sinto vago…

 

É tão estranho…

Num mundo cada vez mais interligado,

As pessoas estão mais distantes

E o espaço aumenta, até engolir tudo

E envolver o tudo em nada.

 

Todo mundo agora é ninguém

- Nem sei se são gente.

São pessoas, apenas…

Como é mesmo o seu nome?

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