" Passagem..."

“ Passagens “

 

Sou apenas metamorfóse de vida,

Das almas que aqui vagueiam, da circunstância, do momento,

Do império dos sentidos...

Da eloquência vivida,

Da dualidade de um espelho,

Que reflete a agonia...

 

Sou apenas alguém que passa,

Transcendental, escondido no cósmos,

Sou apenas ar que respiro,

Ditem que eu sou a Louca e eu cantarei mais alto que a loucura.

Agito as águas calmas em ondulações de desejos, prescrevendo a loucura onde cantarei mais alto. Transformo o corpo no vento solar das marés vivas e a fala das pedras no novo cântico.

Troco o silêncio da noite pelo espanto da manhã, bebendo cada raio de sol que ilumina a rosa, são serenatas de emoções novas com que elevam os meus olhos.

Escutarei eu a diferença?

Escutarei eu a diferença?
Serei eu, por razão, digno
De distinguir o que de mão
Me dão ao ouvido? Ele que oiça!

Fraquejo-me de tímpano,
Mais, porque ainda, de sabedoria...
Todo céu me seduz e nado euforia;
Todo chão conduz alegria e dano!

Não quero presentes, irmandades,
Vectores para a vida: cornetas,
Em minhas orelhas, vestidas de setas.
A mim, pelos natais, desejem-me curiosidades;

Byte

Byte

 

B_ uscaram o domínio, homens

Y_ máquinas daqui até a eternidade,

T_ alvez as máquinas não sobrevivam tanto, porque as

E_ moções humanas não cabem num Chip

 

Charles Silva

Ipê Vermelho

Os caminhos que já tínhamos andado parecem ter marcado encontro na esquina do Ipê. Árvore singular. Talvez pedantemente singular, já que não se contenta com a beleza das flores roxas ou amarelas que suas outras irmãs ostentam e se cobre de um manto vermelho para se distinguir de todas.
Há cerca de vinte metros, ainda próxima de sua sombra, encontra-se a Escada Rolante que leva à Estação Subterrânea do Metrô Santa Cruz; e foi ali, hesitando em lançar-se rumo ao “abismo desconhecido”, que a vi pela primeira vez.

" Olhares Cruzados... "

“ Olhares Cruzados... “

 

                                              Num olhar cruzado, roubei-te a Alma,

Deixei tudo o que na mente, me inquietava,

Esqueci a existencia do Tempo,

Em segundos... divaguei,  não existi.

 

Perdi-me entre o ruído e o silêncio,

Na sombra do teu égo, permaneci.

Roubaste-me  a Alma por um momento,

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