Vivo sem saber viver.
Autor: Rui Correia on Wednesday, 4 December 2013Eu vivo
sem saber viver.
Sou esquivo...
Tento sobreviver.
De tanto mover,
de lado para lado,
fico acompanhado
por uma dor de cabeça,
tão forte,
que faz com que permaneça
agarrado à minha sorte.
Fico agarrado a nadas
da minha imaginação...
Águas passadas
que ainda me correm no coração.
Mas acabam por não correr...
De tanto sofrer,
e tanto lutar,
o coração deixa de querer
e quem antes estava a ganhar
passa a perder.
Eternidades de Assovio
Autor: Adriano Alcantra on Wednesday, 4 December 2013Aqui no dia cor de manga
Águas tremem infiéis
Sob ventos películas
Que perturbam sem saber.
Nuvem em longos cabelos brancos
Presos às cabeças azuis do céu.
Tudo orienta ao que se vê
Ao que se sente
Sons vesperais minguam ao relento
Algo mais ao sul dos humanos
Inimigos do norte.
UM MUNDO DE POETAS
Autor: Pedro on Wednesday, 4 December 2013Um Mundo de Poetas
Espalhem poesia pelas ruas,
Gritem-na entranhada, até aos calcanhares,
Esta noite o taciturno alienou-se
E demarcou-se da comunidade dos lugares.
Adagas em uníssono são veras,
Que de brilhantismos se acavalgam as palavras,
Esta noite a poesia sai à rua,
Esta noite há poesia nas fachadas.
Das mortes que insisti em não vergar,
Do peito me saem bem cortantes
As palavras no seu caldo primordial,
São desnudas, são guerreiras, são amantes.
In Rascunho*...
Autor: F.G. on Wednesday, 4 December 2013O Abraço
Autor: Gila Moreira on Wednesday, 4 December 2013O Abraço
Em momentos de mágica,
canto-te outro texto em caligrafia poética de mim…
abraço que ata os corpos de pele nua
como a raiz da terra,
aconchego em porto seguro,
onde querer-te é outro porto.
Abraço,
Cama de emoções que te cala e dita
as permutas de afagos de carência,
é mais do que um beijo,
gesto divino, poço onde
se caldeiam as emoções.
Tacto do sabor das emoções em
que todos confundem o Amor com a carência,
Tacto é a Origem,
LAGOS
Autor: josé João Murti... on Tuesday, 3 December 2013Dedicado á minha bela cidade. Lagos - Algarve
LAGOS
Zavaia, Lacóbrica, Lagos, terra de lendas e de mar
De vizires, príncipes, boémios, poetas, vagabundos
Onde o litoral palpitante manda o Atlântico beijar
Num beijo com história da demanda de novos mundos.
Fortes, muralhas, igrejas, descobertas, Eanes, Infante
Pedaços de história cantados num poema que me conforta
Feitos por filhos de hoje e de outro tempo mais distante
Forjados na raça e orgulho de um passado que nos importa.
DIA a DIA
Autor: CharlesSilva on Tuesday, 3 December 2013DIA a DIA
Há um sábio em cada um de nós, mesmo nos momentos de burrice
Há algo de violento em cada um de nós, mesmo nos momentos mais sublimes
É quando a balança pesa mais para um lado, que o outro, como um pêndulo
E assim nos dividimos enquanto vivemos, na própria harmonia do pêndulo
Tem dias, e há dias, como o dia após dia, no dia a dia
Charles Silva
No Meu Coração...
Autor: Pedro on Tuesday, 3 December 2013No meu coração
Há vales, montanhas, chuvas tropicais...
há acetinados e veludos, crepúsculo e aurora,
cordilheiras e rios, e banquetes banais,
miocárdio... fluxos... e caixas de Pandora...
Há valsas invisíveis, e tratados de paz...
travos a campo, e escarpas imensas,
há um coreto circular, uma banda audaz...
torturas, amores... e mortes suspensas...
O Desejo
Autor: Gila Moreira on Tuesday, 3 December 2013O Desejo
O desejo é fábula e metáfora,
todas as bocas de mim são fábulas e metáforas,
água salgada em lagos doces,
planície desejante que talvez floresce em ferida aberta,
navegar verbo preciso em dois mundos
de dia e de noite, é Desejo,
alimentar as rosas em poema repetido, erótico, é Desejo,
regressar á boca e salivar as sílabas, é Desejo,
sangrar em papel branco de mim, é Desejo,
romper a veia da palavra e arder, é Desejo,
refazer a dúvida na certeza, é Desejo,