Imortalidade

E se a morte de súbito, se suicidasse?

Quem, neste mundo, iria
Estabelecer a contínua ordem da vida?
Ficaríamos da mortalidade, desprovidos

Vivendo no ócio de nunca morrer.
Nossas peles enjelhariam-se, formando fendas negras onde
Milhares de bactérias se deleitavam
Nossos olhos seriam dois pontos clandestinos sob
Frias e cansadas pálpebras
Nossos membros cairiam despedaçados,
derrotados perante a irrelevância temporal.

E meu sangue...

Mas nem as mais perfeitas mãos são imunes. “E meu sangue você não toma!”, mas imperativo nenhum impede a águia de cravar sua rapina na víscera putrefata. Sei que a maioria daquelas marchas não vibram os pés de quem as conduz. Elas existem solitárias para as botinas. Até para longe do guizo da cascavel os calcanhares se dissipam. “E meu sangue você não toma!”, mas já estava demasiadamente tarde para se enxergar através do medo. Lá no meio do caminho surgiu a cruz; tão funda e podre quanto os meus pés no charco. “E meu sangue você não toma!” e o medo prenunciou a pedra que rola.

MAR DE DESILUSÕES

O MAR AGITADO ESTAVA,

IGUALAVA-SE AO MEU SENTIMENTO.

PARECIA-ME COMPANHEIRO DE TRISTEZA

E REVOLTADO DIZIA-ME,

VEM!

SOU SEU UNICO AMIGO,

VEM!

JÁ ESTAVA A SENTIR AREIA EM MEUS PÉS,

E A MEDIDA QUE DA PRAIA ME APROXIMAVA,

MAS SENTIA O ABRAÇO QUE O MAR OFERECIA. 

AMIGO , MAR AMIGO, LIMPA-ME A DOR QUE SINTO.

LÁVA-ME A ALMA! TIRA ANGUSTIA....

MOLHA , ME ACALMA!

CEGA DE DOR EU ESTAVA

NEM PERCEBI QUE SUA ÁGUA TRAIÇOEIRA

ME ENGANAVA.

 

ARLETE KLENS

ENCONTRO LUZ

                                 ENCONTRO LUZ

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Porque  em teus olhos, encontro luz para meu caminho.

 Meu coração não se sente sozinho!

Em teus olhos, vejo o outro lado da vida.

 Do outro lado da vida, não há despedida!

 

Você meu amor! Minha vida!

A dor de uma paixão sofrida, a cicatriz de uma ferida.

 Mas um grande amor nesta vida!

Vale a pena! não é esperança perdida!

 

Madalena Cordeiro...

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