Epílogo

Não tenho terra nem dono,
sou peregrino emergente!
Só o tempo é meu patrono.

Tenho em mim as marés bravas
sei do rugido do vento
sinto o intento do verbo
e ouço o eco das palavras.

Sou premissa recorrente,
serei amante, poeta?
ou uma ilusão eloquente!

(Rui Tojeira)

SEU VICIO, MEU DESESPERO

OLHO O RELÓGIO.

JÁ VAI SOAR MEIO DIA.

PENSO.

SERÁ QUE ELA VAI VIR HOJE?

A MOÇA DE LONGOS, CABELOS NEGROS.

ONTEM SEUS OLHOS, TINHAM EXPRESSÃO

DE DESESPERO E DOR.

 VÍCIO MALDITO!  

EMBALA  SONHOS, DE JOVENS ADOLECENTES!

NUM PESADELO CONSTANTE.

TEMPOS ATRÁZ EU A VI!

BRINCAVA COM SUA BONECA.

AQUI MESMO NESTAS RUAS!

SUA MÃE, A CHAMAVA DE MEU BEM.

COMO GOSTARIA EU, DE PODER AJUDÁ-LA!

DE OUTRA FORMA.

NÃO ESTA!

PORÉM, SOU O ÚNICO ELO QUE EXISTE,

ENTRE O MUNDO REAL.

RIMAR

Vou rimar pra você tá?
Leia com atenção
Se liga:

Catinga de sapo, merda de boi;
Passando pra te dar um oi;

Bucho de morcego, bába de lombriga;
Que você sempre esteja de bem com a vida;

Joelho de cobra, bosta de dragão;
que ninguém machuque seu coração;

Couro de piolho, espinhas de urubu;
Saiba que eu gosto muito de tu;

Dentes de minhoca, umbigo de besouro;
você pra mim é um grande tesouro;

Suvaco de peixe, esperma de cupim;
você é muito especial pra mim.

(AD)

Pages