Obra literária seguida de cinco passagens.

Ali, naqueles olhos pequenos

E tão expressivos

Percebo a ausência

De alguma coisa que não sei explicar;

Não sei se falta amor,

Não sei se faltam ideais,

Não sei se falta carinho,

Não sei se faltam planos,

Não sei se falta alguém.

Não sei...

(É tanto vazio

Que já não mais há espaço para preencher)

Naqueles olhos pequenos

Onde as estrelas repousam

As lágrimas pelo mundo

Rolam incontinenti, os medos

Por ontem,

Durante hoje,

De amanhã,

País a termo

Apurada, a desunião neste povo

Que à beira-mar plantado, sustenta

Um mastro incólume e ocioso

Que me confunde e atormenta.

Óh brio, por onde andas

Folclores políticos me deixaste

Por aqui, por estas bandas

Não foi ontem que te queixaste?

Queira o «Poderio» abrir os olhos

Para que vero o nosso caminho seja

 Sem folhos e entre folhos

Para que bom futuro esta gente veja.

Vou em frente.

O meu amanhã, na verdade, é o meu ontem.

E o único tempo é o agora

Que já passou e que não chegará.

Viver é uma rotina

De inovações reinventadas

- Amanhã vou fazer uma coisa nova:

De novo, a mesma coisa que já fiz.

E são velhas novidades.

Hoje eu vi, amanhã eu leio

As notícias de ontem.

E hoje ainda são novidades

Que todos comentam

Os casos da semana passada.

E voltamos sempre

Ao ponto de partida.

Da maneira em que começamos

Nasce o sol!

Uma vida inteira recomeça

Com calor, com amor, com vontade.

Um novo verão

Que Deus refez.

E passa o sol, e cai as folhas,

E sopra o vento.

A euforia acaba, começa a seriedade,

A sobriedade do outono

Que Deus mantém.

Escurece, vem as nuvens

Sente-se o frio, o cansaço, a solidão

Tempo de pensar, de organizar as idéias,

De ter fé, de acreditar

Com a semente da esperança

Plantada no inverno

Que Deus semeou.

De noitinha, ainda desperto

HOJE, EU NÃO VOU

Hoje, eu não vou,

nessa manifestação chapa branca,

dessa “ pelegada “ que transformou

esse pais na republica sindicalista,

recados traz-me o vento
nada sei do que procura
quem sabe nalgum momento
surja no peito alguma ventura
já que a vida se apouca?!
não seja a felicidade mouca.

que o amor ande comigo
p'la mão
seja a tarde que me alumia
ou estrela da noite
que me extasia.

nas horas de mais um dia
toque com ternura minhas rugas
num jeito manso
toque meu peito,
onde ainda governa a esperança
e aqui moras...
no coração e na lembrança
no pulsar das horas.

Laura & Marcos – A primeira vez

REZO

DO FUNDO

DO MEU QUERER

PARA

QUE O MUNDO

CUMPRA

O SEU DEVER.

Ela

Ela sabe que eu a amei

Logo que a encontrei

Ainda a amo como no primeiro encontro.

É vero que sempre eu ei de amá-la

A minha vida já não tem sentido sem ela.

Minha linda princesa

Inclino-me por tua beleza

Não existe ninguém mais bela que ela

Hoje eu te amo demais

Amanhã te amarei ainda mais.

Venho dedicar-te estes versos

Inspirei-me em ti decerto

Dia após dia quero dizer-te

Amor minha vida não tem sentido sem o amor que sinto por você.