D'estômago gordo de secura
Partilham a água que é dádiva
E o sagrado pão que posto é...
Na Mesa Que Canta Penúrias

Vestida de triste pele nua
Lábios secos molham sorrisos
Prefulgem esperanças nos "dizos"
Da Ngola, que a dor não atenua
E ainda preparado vê-se crua
Triste, posto é... comidas frias
Na Mesa Que Canta Penúrias

António Vicente Aposiopese

Cantando a dor da Somália!

* "Dizos"=dentes. Língua nacional Angolana (Kimbundo)

Vindimei o fruto à cepa da raiz;

Para que, da semente, houvesse a casta mais pura…

Quanto desse querer, no vinho, ainda perdura

No meu coração, o sonho, um sentimento matriz…

Sim; eu sei: Que das memórias só tenho emoções,

EU AMO

MAS

QUERO

TE VER

TUDO,.

TODAS

AS LINHAS

COM QUE

AMO

SÃO MINHAS.

       59                     AOS MEUS AMIGOS

Essa mensagem vai para todos os meus amigos de verdade!

Aqueles que estão perto e os que estão longe, outros que convivo diariamente.

   Outros que vejo anualmente, uns são até com horário  marcado...pois o tempo é curto... mas tão curto, que possa impedir de encontrar com um amigo.

Felicidades amigos e amigas!

Autora: Madalena Cordeiro

Cabeça de escritor

Do lúcido e do louco

As fronteiras entre a loucura e a lucidez são muito próximas, e como o emocional oscila muito, estamos o tempo todo indo e vindo, do lado de lá, e do lado de cá. Por essa razão muitas vezes nos confundimos de qual lado estamos, mas isso é natural dos seres emotivos, é próprio da natureza humana. Porque toda lucidez contém loucura.

Charles Silva

                                 É BOM DEMAIS!

Estou no hospital, depois de um pre- natal...Minha filha deu, e o neném nasceu!

Depois da prova do Enem, nasceu o neném!

Que vou  fazer? É natureza humana! É um fogo, que precisa quem abana!

Que vou fazer? É assim que tem que ser!

É pau na aranha!

A- ran- ha há há...inhá- inhá... É bom demais!

Fazer neném, não fica atrás..

Ah! Se eu pudesse, Iria fazer mais!

É bom demais!

Autora: Madalena Cordeiro

Sombras, são silêncios vivos de
toda alma vivente.

António Vicente Aposiopese

Há quem pensa que adivinho cada verso
Diga-os alma minha complexa
Tenho Deus, Salomão e Camões no que faço
Nenhuma arte minha é brecha...
O pouco que sou; muito mereço

Há quem pensa que de igual modo
Espojo-me pela poesia
Há quem fecunda tamanho engodo
Com sabor de azia...

Na medida que vou; um de mim
ofereço

António Vicente Aposiopese