RETOMANDO O RUMO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 30 August 2022
reler a luz
provisória dos esboços
como se apura
o pus
nas feridas das trevas
-paisagens difíceis
entre cipós revoltos
(como ninho de najas)
a confundir
o mérito desses versos
com incontestes
desvios de rumo
em que o poeta
se supera e retoma
o mérito
de não recuar
à sua pretensão
de esteta de palavras
e pacato artesão
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Monday, 29 August 2022transporto arrebatadas sensações que respiram os meus enovelados ferimentos; que se introduzem numa poesia que envolve dizeres auspiciosos; que origina os pareceres da experiência e da renovação.
Toquei na alma
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 28 August 2022a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Saturday, 27 August 2022o meu júbilo incentiva comentários que destoam da geral banalidade: imerge a sombria apreciação dos factos e expulsa o desconsolo; arremete contra os meus obstáculos para os submeter ao império da harmonia.
A ÁGUA FLUI SEU CAMINHO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Saturday, 27 August 2022
Quando o mundo é descrito através de símbolos e signos, vale mais a imparcialidade de um cego que as trevas das descrições mundanas.
Pois uma dada coisa não é uma coisa em si, é produto apenas da observação à partir de um dado referencial, que a descreve com o senso dos sentidos e de seus atributos familiares, conhecidos, constatados.
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Thursday, 25 August 2022regresso aos verdes anos para pelejar contra os meus ultrajes; para fender a árvore ressequida que sombreou o meu desembaraço emocional; para extinguir os queixumes decorrentes das minhas lembranças pungentes.
Voando nas palavras
Autor: Reirazinho on Wednesday, 24 August 2022Minhas trevas afogam-se na língua,
Angústia da sede que se confisca,
- Sendo lânguido na taça da míngua,
Tomo tormento pelo qual à risca.
Obstetra: sempre opero na má-língua,
Palavreado da noite se pisca,
Na lua brilha a doce pasilíngua,
Assim trovo a sede que se petisca.
Morcegos sobrevoam boa sorte,
Nas asas da escuridão bastam-se,
E a mim, rastejo nas lamas da morte.
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 24 August 2022os meus versos injetam mensagens salubres sobre as adversidades que dirigem o meu rosário de queixas; e vociferam contra os dissabores suportei para amortecerem os meus impulsos malvados.
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 23 August 2022o opróbrio derrubou as minhas débeis proteções: confundiu o meu destino nas pungentes jornadas pela miséria dos homens; irrompeu no meu universo para gerar contextos belicosos.