Cantam Arcanjos
Autor: António Vicente... on Wednesday, 19 June 2013Tocam sinos de te ver chegar
Cantam Arcanjos a sua vinda
Jubilam as mãos que te querem pegar
Tua presença move e faz nova vida
No coração de quem te quer tanto amar
No teu seio achou-sé a alma perdida
E milagrosa felicidade vieste dar
Nesta data em que belo cantou teu vagido
Mudaste a vida de muitos, o mundo !
António Vicente Aposiopese
No tempo do poeta França
Autor: CharlesSilva on Wednesday, 19 June 2013No tempo do poeta França
Poeta que é poeta arruma a rima, pinta, costura e borda um verso
Quem nem o poeta França que desarrumava a palavra dando um gole de cachaça
Dos poetas itinerantes, poucos versados ainda insistem na agonia da rima
Outros migraram pra boa vista e bebem cerveja num bar da esquina
Antecessores da melancolia dos guetos que davam vida aos fantasmas sem medo
Porém, e além, destilavam-se garrafas de segredos
Naqueles versos sem enredo, somente aos lúgubres era permissivo retê-los
TEMOR E DOÇURA
Autor: CharlesSilva on Tuesday, 18 June 2013TEMOR E DOÇURA
MENSAGEM ELETRÔNICA
Autor: CharlesSilva on Tuesday, 18 June 2013MENSAGEM ELETRÔNICA
Muitos sonhos acordaram ou deixaram de ser sonhados.
Muito amor sentido teve que ser contido. Como um choro que tem que ser inibido.
Muito do antes feito e vivido teve que ser mantido sem causa e efeito.
Muitas torres erguidas em nome de um futuro desmoronaram como em um terremoto.
Muitas cores vistas acinzentaram-se em metamorfose diante de uma mensagem.
E o amor em mim quase morreu lendo o recado do fim, numa mensagem eletrônica.
Charles Silva
SEM LIDERES
Autor: Marco Aurelio Tisi on Tuesday, 18 June 2013UM SER AMADO
Autor: POETA MBRA on Tuesday, 18 June 2013Campo de Rosas
Autor: Ícaro Marques E... on Tuesday, 18 June 2013Ao colher rosas no jardim
os espinhos já não me ferem mais...
Se incorporam a mim
como um ensaio
para uma dor mais profunda,
para uma resistência mais fria...
Balada XXV
Autor: Laura Alberto on Tuesday, 18 June 2013balada XXV
[para o Afonso]
todos os oceanos de gelo
RESSACA EXISTENCIAL
Autor: Henricabilio on Tuesday, 18 June 2013
Quem nunca se enleou nas teias do desespero,
Ao ponto de cair redondo de tão ébrio?!...
Vá lá!... Confessai o vosso pecado –
Afinal não existem erros imperdoáveis!...
É a vida, com as suas insuperáveis teias,
Que sempre nos enleia e nus revela.
Fica tudo muito mAis difícil nessas horas,
Que até os melhores sonhos sucumbem!...
No clímax do desespero subsistem atos díspares:
Uns bebem sofregamente de um só fôlego,
Outros vão trago a trago tomando o pulso à sua dor...