Eu confio em você

Eu confio em você
Sei que não acredita em mim
Pouco me importa
Sempre fui sincero
Quando em mim acreditar
Digo que eu te quero

Todo cuidado é pouco
Você tem toda razão
O amor mais que imaginamos
Para viver juntos
Não pode haver engano

Acredito em você
Em mim acredite se desejar
Sou verdadeiro e sincero
Não te obrigo em acreditar
Tudo tem seu momento certo
Até mesmo se demorar

Autor: José adão Ribeiro.

Felicidade é um pouco de tudo

Felicidade é um pouco de tudo

Fidelidade de sentir
Esperança de conquistar
Liberdade de amar
Inspiração do querer
Carinho do desejo
Iluminação do prazer
Dedicação ao se entregar
Amável em receber
Delicada com amor
Encantadora ao encontrar

Autor: José adão Ribeiro.

Manuela

Minha linda de negros cabelos
Torne a minha noite bela
Acenda a luz desta vela
...que se fortifique nossos elos...
Sê breve enquanto frescos, grelos
Estão tão verdes nesta viela
Mais linda que tu, Manuela
É o par dos teus tornozelos

António Vicente Aposiopese

A MOÇA DE BIRIGUI

A moça de Birigui – a bela moça –
Tem áureos cabelos beijados por Midas,
E, um olhar onde transborda a inocência
Que veio trazer encanto às nossas vidas.

Seu sorriso leva aos sonhos toda a essência
Dos momentos deste mundo mais fagueiros!
É como a luz em que nasce a primavera,
Abrasando os corações dos seresteiros!

Quão deserta e plangente a vida não era,
Antes de ela florescer em nossos dias.
Seu jeitinho tão mimoso de menina,
Trouxe afago a nossas tristes noites frias.

Chagas

Assustei com uma canção feia. A minha esquerda. A minha direita. Para olhar para a frente. Olhei para trás. Vi a cruz das 4 direções do espaço. E parei. Parei diante de um cruzamento supersticioso. Com vermes. Corados. A espernear. Saídos de buracos húmi-dos com pêlos. Pretos. Mortos.

Miguelsalgado, "Escuro"

http://ectoplasma-miguelsalgado.blogspot.pt/

Dilúvios

2.

Sonhei com um cavalo-marinho de boca aberta nas montanhas.

Estava morto mas mexia-se.

O vento empurrava-o e ele rebolava com a boca aberta.

Nas montanhas vi homens e mulheres a dançar.

Um homem solitário escavava no meio dos homens e das mulheres.

E os homens e mulheres continuavam a dançar.

Riam-se da morte.

E havia água enlameada que não parava de subir.

Tive então um desejo: meter o arco-íris na boca do cavalo-marinho e entrega-lo ao homem que escavava.

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