Terras Minhas Que Não Me Vistes Crescer

Terras minha que não me vistes crescer,
Arrancado dos teus braços me vistes trovar;
O vagido do meu sublime desflorecer;
Quando sábia alma, eles vieram cativar !

Ainda vivo estou, mas tanto a padecer.
O quê resta-me, senão arte minha elevar ?
Tudo, até que não devia me oferecer,
Fê-lo a vida até mais fundo dor cravar !

Lutei, relutei; agora resta-me ceder,
A dor que mais à alma me vem cavar;
Até já se foi luz do meu amanhecer,
A mesma que ninguém soube estorvar,
Este último verso trouxe o meu perecer !

ESTOU INDO AS PRESSAS

                          ESTOU INDO AS PRESSAS

Vou pra Escola, levando a sacola... Prendi o meu pé, na rabiola, da pipa do menino que não se controla! 

Quase caí no chão! Bateu forte meu coração.

   Que horror! O menino nem pediu desculpa!

Diz que é minha culpa!

Pode uma coisa dessas?

Estou indo as pressas!

Tenho compromissos, com minhas tarefas!

Soltar pipas é contra a lei, mas muitos não obedecem.

   Quem sofre acidentes com elas, não merecem.

   Você sabe disso e conhece, quanta gente que com isso padece!

 

SONHO

Era noite e serenava,

a luz forte dos refletores brilhava como nunca o céu continuava belo.

As estrelas eram como enormes vaga-lumes, você apareceu alegre como sempre.

Teu sorriso era o mesmo, o mais puro.

As estrelas se apagaram com a tua chegada, até a lua se escondeu;

linda!

NO FUNDO DAQUELA GAVETA

No fundo daquela gaveta

Encontrei teu coração

Em papel velho, embrulhado

Amachucado

Prostrado naquele chão.

 

Com cuidado, desembrulhei-o

Dei-lhe carinho e amor

Agora esse coração

Que estava desolado

Em papel velho, embrulhado

Palpita de emoção.

 

Esse coração desfeito

Pulsa agora com fervor

Enérgico, cheio de amor

Bem dentro desse teu peito!

 

Mário Margaride"GIL60" 

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