Calçada

Vejo tão pouco nesta luz sépia que perfuma a rua com o seu toque antiquado,
Apenas o fumo denso que circula lentamente à minha volta,
Como se não houvesse vento, ou sequer uma brisa,
O tráfego condicionado numa auto-estrada congestionada…
Mas não importa,
Os olhos escolhem a escuridão,
Os ouvidos preferem o jazz de um saxofone tocado pela figura tão solitária quanto eu
Sentada à varanda.
Sobre a calçada suja, não me sinto deitado
Não me sinto sequer…
Apenas esse som suave que me adormece
Entre tragos de álcool quente

Números mágicos...

existe qualquer coisa nos números,
que sempre me fascinou,
embora eu com a matemática,
simplesmente não me dou...
prefiro as letras aos números,
mas tenho que dar a mão á palmatória,
os algarismos quando bem ligados,
podem contar a nossa estória...
Eles dão-se aos olhares em código,
mas só quem sabe consegue ver,
que por trás da aritmética,
existe um mundo a se esconder...
Eu gosto de observá-los,
tirar-lhes muitas vezes a pinta,
mas confesso que sempre que posso,

QUANDO A FIGURA SE ESTAMPA NA TELA

 

QUANDO A FIGURA SE ESTAMPA NA TELA,

MATÉRIA PRIMA DO TEMPO...

AS CORES DAS TINTAS TANTAS!

REFAZEM A HISTÓRIA DA FORMA 

E SURGEM COMO UM NOVO TEATRO

ONDE HÁ DANÇAS DE LIBERDADE

QUE AS PALAVRAS IGNORAM

QUE AS IDEIAS APONTAM

E DESCONGELAM VERDADES

DO SER...

 

 

 

 

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