Olá meu amado Poeta,
passei a tarde a te observar,
tão longe estavas, com os olhos a brilhar,
não estavas triste nem nada ,
pois vi um delicado sorriso despontar
em seus doces devaneios,
brincando com as palavras ,
viajo contigo a te observar,
tão quimera jornada
quisera um desassossego em mim brotar
desperdício seria interrompe-lo agora
pois sou uma Poetisa
sei bem onde está.

No fundo de tudo,

a um nada imenso,

onde nada é verdade,

e tudo tem seu preço,

onde o amor não é confuso,

e eu não te ofereco,

por que não é necessario,

e sim adereço.

O Sabio sabe,

que os misericordiosos

alcançaram a misericórdia

que os mansos possuirão da Terra,

E que somente os puros,

verão á Deus,

e entederão sua complexidade.

Desde o pensamento,

á fala subentendida,

a mágica da poesia,

abunda sua vida.

Simples,

é como me trata,

sínico,

é como me mata,

se tens de me tratar com educação,

vejo a negação,

estampada na testa,

que por mim já foi beijada, 

e amada,

como sinal de respeito,

a teu simples jeito de amar.

Te sinto

Te quero

Onde estás

Quando te espero?

Serás adultério,

ou tampouco teu esmero,

pelo que não tens para dar,

a mim,

não tende guardar,

o rancor de uma vida,

e apenas,

 Se com os olhos vejo o vento,

e com o nariz sinto o doce de seu perfume,

com os ouvidos ouço o veludo da sua voz,

eu tento,

com a boca sentir o borbulhar da sua mente,

e o afago, qual necessita seu coração.

No espelho mora um ser,

um tanto descrente,

que no fundo ausente,

a toda hora me surpreende,

no contento descontente,

te vejo,

e no fundo te vejo,

querendo um beijo,

da doce boca,

a qual eu desejo...

 Tenho a todos,

A todo o tempo,

Tenho as coisas,

a cada tic-tac,

só aquele brilho que me falta,

brilho doce, 

que surge de ti,

dos teus olhos,

e alaga me pensamento,

fazendo confusão no sentimento,

que guardo por ti,

no relento por medo,

no desejo de teu beijo...