LITURGIA MATINAL
Autor: Marco Antonio C... on Monday, 18 February 2013Te perdi, sim
Te perdi no meio
Da prolixa multidão
Do verde oliva das águas
Da Guanabara em liturgia
De tua fauna e flora matinal
Agora apenas restou o reflexo
Do teu rosto por mim
Jamais esquecido.
AGUA VIVA
Autor: Marco Antonio C... on Monday, 18 February 2013Como água viva de Lispector
Chaga de luz telúrica...
"Confesso que vivi"
E entre as ondas oscilantes
Vívidas pela límpida clareza
Dos teus claros olhos pensamento
Água viva em flor serei.
Se medusa queimo a todos
Agora verdadeira água-viva
Com toda ardência de minha
Perfeição maligna intacta
Me protejo antes de confessar
Meus segredos indeléveis.
OS GIRASSÓIS DA RÚSSIA
Autor: Marco Antonio C... on Monday, 18 February 2013Atravessei com o maior
Amor deste mundo
Campos primaveris
De girassóis
Numa Rússia
Sinuosa...
Com amor enfrentei
Sede, fome e frio
Mas tudo havia mudado...
Ao chegar, você lá
E meu amor continuou maior
Pois nem uma guerra
Impediria que a Primavera
Brotasse em meu coração...
Lindos jardins floridos
Sinuosos, às vezes, coloridos vistei
E encontrei lá você feliz...
De volta ao meu caminho
Para Itália voltei
E mais lindos girassóis
Contemplei...
ISABEL DE CASTELA (Minha Rainha)
Autor: Marco Antonio C... on Monday, 18 February 2013Dentro do claustro
Do teu castelo
Em arabesques
Não imaginas
Que em meu peito
Inflama um core apaixonado.
E por centena de anos
Reprimido pela saudade
E pelas diferenças
Do meu reino
Minha Rainha,
Para ti pareci
Tão distante.
Não é preciso que
Me lance ao mar
Atravessando oceanos
Para nossas coroas
E corpos se unirem
Pois o território
Que pisamos
É e será o mesmo
E para tanto
Minha Rainha,
Basta o teu
Apenas teu
Mando e querer.
TORMENTA DE AMOR (Pororoca)
Autor: Marco Antonio C... on Monday, 18 February 2013Tenho corrido doce desde minha nascente
Para as tuas águas: revoltosas salinas ...
Mas quanto mais perto eu chego, tu foges...
Entre ilhas, arquipélagos e lagunas
Tu te perdes... mas minha vingança chega
E ela é pura de marginal indolência
Quando tu, Mar que contemplo, me invades
Na fúria de uma tormenta violenta...
De mim se nutrindo... no delírio da divina Pororoca...
Á memoria da Ex.ma Sr. D. Maria Gertrudes Manuel da Cunha.
Autor: Bulhão Pato on Monday, 18 February 2013
NUM ALBUM
Autor: Bulhão Pato on Monday, 18 February 2013
CANÇÃO DOS PIRATAS
Autor: Bulhão Pato on Monday, 18 February 2013
ORGIA PAGÃ (Nosso Carnaval)
Autor: Marco Antonio C... on Monday, 18 February 2013Penetras delirante enluarado
Em minha cama acetinada
Sou teu festim diabólico
Sou tua orgia pagã...
Sol ardente que queima na noite feiticeira
Brasa, luz e devaneios trepidantes...
Sangue, suor, visgo e luxúria...
Fazemos de tudo no cetim esteira e chão da relva
Que já se rasgou em tempestade de sexo violento...