Sempre que penso uma coisa, traio-a
Autor: Alberto Caeiro on Tuesday, 29 January 2013
Escrito em 21-5-1917.
Sempre que penso uma coisa, traio-a.
Só tendo-a diante de mim devo pensar nela.
Escrito em 21-5-1917.
Sempre que penso uma coisa, traio-a.
Só tendo-a diante de mim devo pensar nela.
Eu vivo só das multidões distante,
E tenho um tom solemne grave e emphatico,
Amo Flaubert, Gostavo Droz e Dante,
Sou mysanthropo, hysterico e limphatico.
Sou phantastico, altivo, e caprixoso,
E tenho uns paradoxos meus protervos...
E entre elles conto um livro volumoso...
Em que explico o Remorso pelos nervos.
..........................................
..........................................
I
DOMINGO
Cálculos à parte, a inevitável descida do céu, e a visita de recordações e uma
Livro.
2013.
Poesia fã clube.
“Que alguém saiba que és um Homem”, é muito mais que um livro de poesia, é uma obra que não deve ser apenas lida, porque as palavras que tacteiam os poemas através da carga simbólica a elas associada e que transportam para “momentos únicos” do nosso autor, devem ser meditadas, reflectidas e verdadeiramente sentidas.
Luís Ferreira
Alcochete Jan/2013