Se o homem fosse, como deveria ser
Autor: Alberto Caeiro on Wednesday, 30 January 2013
Se o homem fosse, como deveria ser,
Não um animal doente, mas o mais perfeito dos animais.
Animal directo e não indirecto,
Se o homem fosse, como deveria ser,
Não um animal doente, mas o mais perfeito dos animais.
Animal directo e não indirecto,
Ninguem póde dizer que soffro ou tenho;
Eu não amo a princeza da Golconda,
Nem da prisão livral-a é meu empenho,
Qual paladim da Tavola Redonda.
E sinto-me ir minando; um mal extranho
Que ninguem sabe, e vista alguma sonda,
Me mata lentamente, como um lenho
Que vae levando, mar em fóra, a onda.
Todas as tardes fujo ao sol poente;
Recolho cedo a casa, e durmo quente,
E a Medecina já me desengana...
A aurora dourada e o pôr-do-sol arrepiante cruzam nosso brick ao largo dessa
vila e de suas dependências que formam um promontório tão extenso quanto o
Épiro e o Peloponeso, ou mesmo a enorme ilha do Japão, ou mesmo a Arábia!
Templos iluminados pelo retorno das teorias, das vistas imensas da defesa dos
Livro.
2013.
Poesia fã clube.
Páginas de Solidão é, o meu livro, dos cinquenta poemas, qual festeja meio Século na minha carne...
...Deixei então, que o sonho não acabasse;
Nem poemas de casca endurecida!
Onde a voz, quiçá, ousasse e articulasse
A melodia, do néctar, da lágrima vencida.
Quando Deus criou sua mais bela obra prima: o homem. Deu-lhe o privilegio e a liberdade de administrar tudo quanto havia criado inclusive seu exuberante jardim. Mas um dia ele observando os animais com seus respectivos pares, os rios nascendo em gotas prateadas por entre as fendas das rochas, os lírios com suas flores exóticas, as borboletas colorindo todo horizonte... Sentiu-se só.
-Então o criador vendo sua tristeza e solidão, resolveu fazer-lhe uma grata surpresa: