Adeus a Constança

    Vae o teu Pae andar ao sol de verão,
    E mais á chuva e ao vento; e só depois
    Poderá ter a colheita d'esse pão
    Que semeou cantando ao pé dos bois.

    Feliz que eu fui em te encontrar na vida,
    Minha dôce Constança desejada!
    Antes de vêr-te a ti não via nada,
    Nem para mim a lua era nascida.

    Tu vaes partir em breve com teu Pae
    Por esse mar que tão piedozo está.
    Não sêde amargas, ondas, mas chorae!

*Á POMBA QUE VOOU*

Foste-te, ó luz das solidões amenas!
Ó grandes olhos tristes, ideaes!
--Partiste, casta pomba d'alvas pennas,
Em procura dos lucidos pombaes!

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Tu estás hoje entre as hervas e as poeiras,
Ou cheia de celestes claridades!
Ó doce irmã das rolas companheiras!
Por ti ouço chorar as larangeiras!
E de luto vestirem as saudades!

VAGABUNDOS

 

Irmão miserável! Quantas vigílias atrozes eu lhe devo! “Eu não me entregava

com fervor a este negócio. Caçoava de sua doença. Por minha culpa

voltaríamos ao exílio, à escravidão”. Ele me achava um pé frio, e de uma

inocência bizarra demais, e adicionava razões inquietantes.

O mundo não vai acabar

 

 Eu tenho certeza que o mundo não vai se acabar.

Por isso vem...

Corre aos meus braços

Vamos o amor sublimar. 

Sob a luz dardejante das estrelas...

Deitados sobre a relva da noite de natal

 Numa entrega profunda, frenética...

O mundo não vai se acabar. 

Aproveitemos o máximo de tudo.

Aqui só há eu e você

Lenha e fogo,

Não vai acabar o mundo. 

Ainda viveremos á última ruga da epiderme.

Os amantes não morrem para o mundo

O mundo não termina pela boca de um mortal,

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