*ARANHA*
Autor: Gomes Leal on Saturday, 26 January 2013N'um sonoro theatro antigo da Alemanha,
	D'um violino aos ais, banhada de luz viva,
	Surgia d'um covil uma grotesca aranha,
	Dos banquetes do Som habitual conviva.
	O ser sombrio e obscuro, ó meu amor! não priva
	Da adoração do Bello, a adoração extranha!
	E assim se embriagava a escura pensativa
	Da lyrica emoção que nossa alma banha!
	Mataram-a uma vez. Não mais a pobre amante
	Da Musica, surgiu áquella luz brilhante;
	Foi-lhe o velho theatro a sua sepultura...
      





