Quando a erva crescer em cima da minha sepultura
Autor: Alberto Caeiro on Wednesday, 16 January 2013
Quando a erva crescer em cima da minha sepultura,
Seja este o sinal para me esquecerem de todo.
A Natureza nunca se recorda, e por isso é bela.
Quando a erva crescer em cima da minha sepultura,
Seja este o sinal para me esquecerem de todo.
A Natureza nunca se recorda, e por isso é bela.
Primeiro prenúncio de trovoada de depois de amanhã.
As primeiras nuvens, brancas, pairam baixas no céu mortiço,
Da trovoada de depois de amanhã?
A felicidade não está na felicidade em si, mas na realização da mesma.
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Um livro de palavras que remetem ao pensamento que desliza sobre o insconsciente, e admite a tristeza e a saudade, como foco principal.
Varios Poetas vieram á Madeira
(Pela fama que tem) a ares do Mar:
Uns p'ra, breve, voltarem á lareira,
Outros, ai d'elles! para aqui ficar.
Esta ilha é Portugal, mesma é a bandeira,
Morrer n'esta ilha não deve custar,
Mas para mim sempre é terra extrangeira,
Á minha patria quero, emfim, voltar.
Ilhas amadas! Ceu cheio de luas!
Ah como é triste andar por essas ruas,
Pallido, de olhos grandes, a tossir!
N'um paiz longe, secreto,
Lendaria ilha affastada,
Jaz todo o dia sentada
N'um throno de marmor preto.
No seu palacio esculpido
Não entram constellações;
Os tectos dos seus sallões
São todos d'ouro polido!
Nas largas escadarias
Sobem vassallos ao cento,
De noute suluça o vento
N'aquellas tapeçarias.
E pelas largas janellas
Fechadas, sempre corridas,
Ha flores desconhecidas
Que não olham as estrellas.