Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares
Autor: Alberto Caeiro on Monday, 14 January 2013
Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares.
Parecem ter medo da polícia...
Mas tão boas que florescem do mesmo modo
Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares.
Parecem ter medo da polícia...
Mas tão boas que florescem do mesmo modo
O Homem gosta de contar os seus problemas, mas ele não conta as suas alegrias. Se ele as conta-se como deveria, ele veria que cada lote tem felicidade suficiente fornecido por ele.
O Senhor, cuja Lei é sempre justa,
Deu-me uma infortunada mocidade,
Talvez para eu saber (o que é verdade)
Quanto é bom ser feliz, mas quanto custa!
Feliz de quem no mundo sem piedade,
Encontrou alma que lhe entenda a sua,
Que o mesmo é que ter na mão a Lua
Tão longe n'essa triste Eternidade!
Os meus dias passavam tristemente
Quando encontrei o teu olhar ridente:
Foi a bençam de luz da Mãe de Deus!
Quando olho pra você, o peito aperta
queria ser o seu amor, sua cama e sua coberta
toda noite já virou rotina, sonhar contigo
quero te namorar, mas você só me quer como amigo
com a sua pesença eufeliz porém incompleto,
as vezes fico deitado olhando para o meu teto,
lembrando, dos momentos que passamos juntos
mas todas as vezes que eu falo você quer mudar de assunto
A. C. de Carvalho
Na noute que passou
O Christo no Calvario,
Um rouxinol cantou
Sobre a Cruz, solitario.
Os trigueiros soldados,
E os lyrios de Salem
Perguntavam pasmados
--Que voz canta tão bem?
Como sentindo os males
Das suas proprias penas
Vergavam-se nos calix
Chorando as açucenas.
Choravam os caminhos,
Os dados, os cilicios,
A grinalda d'espinhos,
E a esponja dos supplicios.
É melhor ser violento, se houver violência em nossos corações, que colocar o manto da não-violência para cobrir a impotência.
Mais vale chegar três horas mais cedo do que um minuto atrasado.
Que cidades! É um povo para o qual foram montados Apalaches e Líbanos de
sonho! Chalés de cristal e madeira deslizam sobre trilhos e polias invisíveis.
Crateras ancestrais circundadas de colossos e palmeiras de cobre rugem
melodiosamente dentro dos fogos. As festas do amor badalam nos canais