ONDE EU MORAVA (LITERATURA DE CORDEL)
Autor: Miguel França S... on Monday, 31 December 2012
Onde Eu Morava.
Cordel.
Guel Brasil.
No terreiro uma paiada
Onde o gado ruminava,
A palma que engolia;
E onde papai descansava,
Onde Eu Morava.
Cordel.
Guel Brasil.
No terreiro uma paiada
Onde o gado ruminava,
A palma que engolia;
E onde papai descansava,
No Campo de Trigo.
Crônica.
Guel Brasil.
Deuses Da Floresta.
Guel Brasil.
Tem alguns lugares dessa terra
Onde o homem ainda não pisou;
Mas já estão chegando perto
Com moto serra e trator,
Esquálidos, Sem Vida, Zumbi.
Guel Brasil.
Por enquanto, contei dez
Morando e vivendo ali;
Vivendo não, morrendo aos poucos
Esquálidos, sem vida, iguais zumbis.
Roupas esfarrapadas,
Traduzir, traduzir-se;
_A Cassianno Neves_
Bocca talhada em milagrosas linhas,
A luz augmenta com o seu falar.
Esta manhã um bando de andorinhas
Ia-se embora, atravessava o mar.
Chegou-lhes ás alturas, pela aragem,
Um adeus suave que ella lhes dissera,
--E suspenderam todas a viagem,
Julgando que voltára a primavera...
A súplica profunda dos seus olhos,
Denuncia a tua fraqueza interior,
Seu olhar frio e sem ternura irrompe...
As barreiras da bondade.
No âmago dos seus pensamentos,
Há um mosaico de emoções desencontradas,
Fervilhando ardorosamente,
A ponto de submergir nas angústias.
Medos e objeções,
Fazem parte deste rogo,
Um verdadeiro calvário,
A marcar ferozmente a alma.
Assim como a exultação dos pássaros felizes,
Em cada alvorecer radiante e matinal,
Onde a aurora projeta-se na esfera astral,
Seu sorriso aflora, sarando as cicatrizes.
O deslumbre da sua presença imponente,
Atinge um espectro que transcende a lógica,
E em cada evolução sua, simples e metódica,
Deixa marcas de alegria em cada mente.