GRAÇA POSTHUMA
Autor: Guilherme de Azevedo on Tuesday, 13 November 2012Depois da tua morte eu heide ver se arranco,
	N'uma noite serena, ao teu berço final,
	Um producto mimoso;--um grande lyrio branco
	Da alvura do teu collo eburneo e divinal!
	Aquella flôr suave, ó minha visão estherica,
	Debruçada gentil, na taça em que a puzer,
	Fazer-me-ha lembrar a graça cadaverica
	Do teu corpo franzino e ethereo de mulher!