Da construção humana

Todo dia, sai do coração afora alguma coisa:

Para a edificação ainda é diminuto o amor,

Mas se esvai algo

Como detritos insalubres

Que passa como por canais

Não de águas límpidas, nem transparentes

Todo dia sai algo de um coração adulterado,

Porque o orgulho é como um esgoto imprestável,

Que deve passar por nossa visão rapidamente.

Saiu de nós há poucos segundos palavras ferinas

Que anulam sonhos de outros!

A muitas horas saiu também, morna brandura

Que quase não atingiu ninguém

Desejo

O Criador do universo percorre cada ser humano

para livre arbitrar a cada desejo

não experimentado ainda neste mundo

cabe a cada um ser encontra-lo

e fazer uso correto deste desejo .

O final importante desta historia é :

torna se universalmente humilde

Caminhos

Sinédoques falaciosas,

Que correm como jaguares perdidos no deserto,

Velozes como o vento,

Passando ao largo da foz do rio.

 

Mansas almas de tormento,

Sopros felizes que caminham,

Terras que alcançam,

Labirintos expostos.

 

Felicidades são,

Sopros amenos de ternura,

Saltos, para lá!

NESGA DE AZUL

NESGA AZUL

 

Olhando a falésia escarpada,

Que plúmbea, me abisma o pensamento,

Sinto a minha alma encarcerada,

Ávida de seguir os quatro ventos.

 

Só uma nesga azul é descoberta,

Por onde entra o sol que m’ encandeia,

Nesta paisagem sombria e deserta,

A única razão que me enleia.

 

Mas, penso que apesar da mortalha,

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