tristeza
Autor: Sílvio Alves on Sunday, 31 January 2021Deu-me o destino a minha parte de desgraça
E libertou-me o grito da garganta
O tempo que em horas mortas me abraça,
Enquanto alheio, doloso e lento passa,
Mais a saudade em mim se agiganta.
Deu-me o destino a minha parte de desgraça
E libertou-me o grito da garganta
O tempo que em horas mortas me abraça,
Enquanto alheio, doloso e lento passa,
Mais a saudade em mim se agiganta.
a minha poesia intelectualiza o sofrimento com a desenvoltura indispensável ao restauro do vigor: os versos que ela produz lutam pelas diversas formas de amar a vida revogando os seus transes e as suas melancolias.
Tenho tanto por dizer,
O mundo por conhecer,
Uma mulher que desejo tanto amar,
Sair das profundezas e da casca,
Deixar de viver a rasca em vez de um estado abundante,
Quero rugir como um leão,
Sair da solidão,
Dar asas ao meu coração,
Fazer do meu trabalho a minha decoração,
Criar o sonho que é a minha devoção,
Dar luz a minha paixão,
Enxergar o meu propósito,
Receber dezenas de depósitos,
E viver momentos insólitos.
Dou por mim a sonhar com dias de glória ,
A jorrar as veias de ódio .
A cair nos contos de outrura ,
Aprofundar as escuridões que residem dentro de mim ,
A apunhalar todos esses odios ,
Desde amizades as faltas de honestidade ,
Hoje decidi escrever diferente ,
Num estado mais profundo e obscuro ,
A navegar até encontrar o meu porto seguro ,
Por meio de dúvidas e longe de calúnias ,
Há que sobrestiver das mágoas do passado ,
Pegar fogo em cada uma dessas memórias e criar um mundo adorado ,
Do ponto de vista geral (não-individual), a primeira pessoa que surgiu no mundo, foi a que realmente nasceu. A partir da segunda pessoa, até hoje, todas têm renascido.
Reclama o rico
Reclama o pobre
Ao pobre falta dinheiro
O rico tem que lhe sobre
Entre repetidos lamentos
Passa o tempo a correr
Escapa a oportunidade
De grandes coisas fazer
Estamos todos saturados
Desta estranha forma de vida
Puseram-nos grades à frente
Que causarão grande ferida
O Homem quer liberdade
Desde sempre assim a teve
Não soube ser responsável
Eis agora o que obteve
Em pleno século XXI
Explodiu conhecimento
Acelera-se a prepotência
Ignora-se o discernimento.
A vida sem dúvida nenhuma é
Uma viagem insólita
Um anjo descansa
Sem a agitação desvairada
Dos homens,
Preocupação não tem seu sobrenome
Um anjo que literalmente dorme.
Quem na vida não tem guarida ?
Que não tem chegada?
Quiçá só partida!
Na vida observem
Como é belo
Um anjo,
Uma criança adormecida,
Que ainda não tem expectativas do mundo
Apenas a ansiedade dos brinquedos e das brincadeiras
Da família benfazeja
Que proteja
Das fagulhas da maldade.
Almas coragem, eivadas,
Da lavoura, das espigas,
Pelas terras desbravadas
Onde sobravam fadigas.
Desafiando a pobreza
Que era sua companhia,
Como a fome e a tristeza
Disfarçada de alegria.
Ontem cansaço e pranto
E o esforço nas enxadas,
Hoje, almas em descanso
E terras abandonadas.
E nos campos ao desdém
Acariciados pelo vento,
Ninguém era Pedro Sem,
Pois só o céu dava alento.