arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Monday, 26 October 2020no claustro onde habito vacila a minha esperança através do fatalismo que o meu instinto certifica quando regateia a poesia que nasce do meu singelo gargantear.
no claustro onde habito vacila a minha esperança através do fatalismo que o meu instinto certifica quando regateia a poesia que nasce do meu singelo gargantear.
prossigo no encalço da veracidade quando toda a miscelânea que me fustiga me faz também acordar para os desenlaces da minha existência e quando os meus movimentos se isolam do fulcro duma romaria alvoroçada.
No tempo vou agendar
Para ser uma eterna criança.
Criança quer estar sempre brincando
Ter muitos amigos:
-Tempo meu, me ajuda a vingar
Uma criança sem a preocupação rotineira!
O mundo merece, e que seja
Um carrossel colorido,
Que tem de brinde cores viva do arco iris.
Quem desaprova que o intuito da vida
Não é ser feliz?
Distribuir infindos sorrisos?
E ter muitos amigos?
Acordarei um dia deste sonho?
Quem disse que venha as criancinhas?
Eu irei...
Bela musa
Por que bela musa te amo?
Teu corpo supra sumo humano
Quiçá maravilha humana!
Que não deixa imune minhas vistas
O que ainda te torna esplêndida?
Teu corpo é longo deleite
Com fortificada guerrilha invade
E de derrotado faz meu triste e insano prazer
O que de sensacional ainda te torna minha musa?
Perfeita sintonia, corpos em harmonia
É o que me torna vivo? lúcido?
Fuga fugaz, a minha miopia.
Mãe
Senhora de grande esplendor
Os anjos não te protegem como eu
Sou apenas um escravo
Que veio também pela tua santa permissão
Os anjos são mais peritos na proteção
Estes mesmos anjos anunciam ao mundo
o amor sincero de um mãe :
Serás grande entre as mulheres!
Também disse um anjo.
Uma mãe que encoraja nos momentos difíceis
Que vai além dos limites,
E pelo filho, sua razão de viver.
Um mãe pelo filho e capaz de morrer
Minha mãe significa esplendor!
E expresso a ti perdão, pelo
Que bonita, sim
E essa cidade, que fica as margens
do Mar Mediterrâneo
onde o céu é azul, no inverno
e verão, isso é o ano todo
esta cidade é de mil amores
Passeia-se pelas Ramblas
Encontrando pessoas de todos os lugares
O mundo se alegra em Barcelona
Tem arte, vida... tem cores e flores
Vinho e a paella além dos sabores
Barcelona é a cidade
Onde me sinto livre... vou a Montjuíc,
A Sagrada Família, a Barceloneta
Onde sinto o vento fresco tocar a face
Que bonita, é linda sim
Eu te incluo
em todos os momentos
nos versos, nas rimas
naquelas poesias que escrevo
Penso, logo eu lembro
Te carrego em meu coração,
ao ver teu ser, arrepio-me
lembrando de tudo o que fizemos
o que vivemos juntos...
tenho um vazio... um oco
parece sem sentido
A falta que você faz
detenho tua mansidão
as linhas, as curvas, o espectro
és minha inspiração
(DiCello, 21/10/2020)
Meu culto são as palavras
elas devem ser leves, devem ser intensas
impreterivelmente ousadas
nas entrelinhas vez ou outra estão oculto
Gosto das imagens, para o leitor
poder realmente a situação imaginá-la
Poesia e fotografia estão relacionadas
Entre alguns clicks, uns flashes
a beleza será revelada, minha musa
é a mulher, arte divina, muito bem esculpida
a ela dedico os versos e rimas
simplesmente bem estruturadas
(DiCello, 21/10/2020)
Apodo "ferocactus" se sem hipanto,
Num cárcere de gelo, qual jazigo.
Esgrime o seu vil naipe, até consigo,
E anela por Porphyria* e doravante
Mimetiza em cristal Plutão porquanto
Obdurado, senão ao toque - erodido.
Na fria horripilação do desabrigo,
Aninha-se em si só, recalcitrante.
E todavia... plasmado em Shelley, um véu
Embai, como em Shalott**, as cordas mesmas
Daquela harpa indelével, cosmo seu,