Voz silenciada
o prefácio do mal.
Tentação fornecida em um balcão comum.
Felicidade nefasta,
na madrugada,
um reinado, um título
que não leva a lugar algum
limitar o adulto que se desenvolve em cada ser,
sem perceber que não podia controlar o calendário da vida
mas a criança parece não ser pelo
tempo, mui querida.
Garganta que torna a voz em cacofonia,
Vida, muitos querem
eu também, sem nostalgia!
Voz empolgante.
Andando sem querer
no poder mal que agia

adoro

o invisível

o intocável

o inaudível

o insubstancial

o inexplicável

límpida presença

que clareia-me os horizontes

fresta que permite `a luz

repelir toda escuridão

Sem escape
Mauro Antonio

É a escala seis por um,
O tigrinho/bet devorador,
O carnê mais que vencedor
Que lhe cercam sem escape algum.

É o ônibus que sempre atrasa lotado,
O acúmulo de função,
O discurso amoral de enganação,
Salário ínfimo pra muito trabalho.

Á tudo na vida tem solução
Invista em você, em educação,
Cuide pra gente de bem não lhe enganar,

Você tem chances com o Livro na mão
De abrir a mente para raciocinar,
Nunca é tarde para você estudar.

preste atenção
me estenda a mão me diz o que eu faço
não me largue por ai feito cachorro de rua
e se me encontrar abandonado
so teu carinho basta.teu colo.teu cheiro
só quero sossego
não me basta te olhar.

espero tudo se acalmar
quem sabe um blues
ou um copo para brindar o nosso jeito de brincar
quero
espero você aqui
já são duas da manha ruas vazias
eu e você gritando bêbedos
procurando um bar
............!!!!!!!

beijo menina
te espero naquele mesmo lugar
pegue o metro é mais rapido
São Paulo e seus labirintos
um cheiro menina
te espero nosso vinho está aberto desde o primeiro beijo
primeiro toque
poderemos ter o mesmo desejo
não teremos pressa
se te amo
foi algo que nunca senti
é gostoso senti saudades
que so acaba quando tu estás em meus braços
um beijo teu cheiro nosso desejo
navegar entre nossos corações
vc bagunçou
gostoso
a paulista esta parada venha de metrô

as dunas do mar

os desertos da flor

os pólens da rocha

as pedras do absinto

os cálices do silêncio

são antíteses

da mesma mesma moeda

poeta

que lamina o pôr-da-lua

e anima o parto

do último luar

poeta

que distingue o pio

do pintassilgo

do piston da pitonisa

poeta

que reverbera o arco-voltaico

do sol

durante a chuva torrente

poeta

que embarga a noite

e se derrama inteiramente

em dia