O começo

Que renasçam as memórias mornas
Das cinzas de lembranças antiquadas
E pouco ardilosas à terra.

Que renasçam vontades chocantes
Aos que pouca luz agora têm
Em retinas cegas com umbras.

Que renasçam os desejos de um sonho
Tido em criança, uma jornada tão sã
Que domina montanhas e marés.

Que renasça o amor de uma prisão
De frio tão frio, uma corrente
Invernal e isolada do Céu.

Mas já renasceu em ti Ninfa.

Cresçamos, criarmos e renovemos
O que de arcaicos pensamentos
Permaneceu oculto e temido.

Mais um dia

Vibrante foi esta catequese
Doutrinar os que não mereciam
Serem contaminados pelo espelho?
Perderam suas imagens
Tem muita gente boa, mas o que é bondade ?
Tem Deus diferente da caridade?
Quantos deuses há nesta austeridade

E de que são constituídos os índios?
Que sensação transmite o fim da fila?
Só tem progresso quem a desafia !
Caminha pelo amor, só quem o dissemina!
Cuidado, criança, que a vida não te conduza por estes reinos
Que se dizem ser santos

"FILHO DOS VENTOS" / "WIND SON"

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"SON OF THE WINDS"

by Fernando Antônio Fonseca
(from Brazil)

I am a son of the winds and of the dynasty of time

I am a whirlwind on the loose among the mountains of Belo Horizonte

I am gunpowder and cotton

and I carry a slingshot strapped to my waist

I am fire that melts paradigms

and brings down cyclopes and glass sphinxes

I am of Iberian ancestors

but my genetics are universal

I am a cutter of words

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