A FIGURA DO VAQUEIRO

-a escacez da função e seus arreios-

Autor: Raimundo A. Corado

Barreiras, 28 de agosto de 2016.

O vaqueiro é semi-extinta profissão;

Os arreios muito pouco a gente vê;

Aqueles nascidos na última geração;

Só saberão disse, se ouvirem dizer.

Cadê a Polda, a potranca saltadeira;

Sob açoite do vaqueiro amansador?

Usando uma afiada espora furadeira;

A bride, chicote feito de reio batedor.

Arreios de campo há tempo já sumiu;

ÁGUA POTÁVEL

-tratemos bem – o que abunda não prejudica-

Autor: Raimundo A. Corado

Barreiras, 22 de março de 2017

Água potável que a sede sacia;

Tudo farei para tê-la despoluída;

Posto que a beberei por todo dia;

Inevitavelmente, ao bem da vida.

Leitos que dos obstáculos desvia;

Águas cujo nível está na descida;

Águas que a sede da planta alivia;

Águas que trazem a arvore florida.

Água insossa, é inodora e incolor;

Tua ausência provoca grande dor;

A CAVEIRA

-neste estágio, todos nos igualamos-

Autor: Raimundo A. Corado

Barreiras, 13 de março de 2014.

Nessa nossa vida tudo passa;

O final cedo ou tarde chegar

Não há “milagre” que se faça;

Terá fim e a matéria “esgotará”.

Tudo na terra tem fim, perece;

Tudo tem seu dia e a sua hora;

O ser humano é mortal, falece;

E nossa alma se desincorpora.

Vamos de pessoas a defuntos;

Na gíria do bandido, presunto;

Eis o triste fim dos nossos dias.

Trata-se do caudaloso Rio Preto, no Oeste da Bahia, precisamente na cidade de Santa Rita de Cássia, que clama por preservação ambiental. Um clamor que vale a pena.

quero fragmentar os afetos que me descontentam através dos meus lampejos habituais; requisitar os fertilizantes que me consentem prosseguir no mercado da sobrevivência; condenar os timoneiros que incrementam a desdita de viver.