Como a Teia de Aranha

Eu sou como a teia de aranha
No lustre desta morada
Estática, incolor.
Faço dos meus dias solidão
Fico em constante marasmo
Não procuro os muitos bares movimentados
Existentes neste bairro
Reservo-me no mais simples e próximo
Sou um boêmio anônimo
Meu convívio é um vicio
De sempre servir camaleões nesta terra
Minha raça de amigos é clandestina neste plano
Meu cotidiano é um sorriso amarelo
Casa-trabalho

UMA PARTE DE MIM

Uma parte de mim é festiva

Outra se furta de vida ,

Festiva parte humana feita de pó

Eu, que sou quase feliz

E de tantas lágrimas , talvez  entenda

O mundo lobo

Não tenho sabedoria para tal

E o que respiro  é em profundo sentimento

Devido a loucura dos dias e  

A embriaguez das noites ( solidão ).

Não ,

Não  é ausência de prazer

Negativo ,

Uma parte de mim e festiva

SER UM POETA

Queria ser um poeta 

Para dormir perante as dores

Queria poder não amar

Para evitar o quê de dor me espera

Queria ser aquele que nunca cansa

No mundo áspero que o cerca,

Ser um plano bem sucedido

Quero de mortes não entender

E a dignidade que nunca me deram

Quero entender porque este humano

Acha-se mais que tantos e tantos outros

Talvez seja composto de ouro e diamantes

E não de carne e osso.

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