As (Segundas) Palavras

Se eu falar todas as palavras

Não terei dito tudo;

Tudo o que mereces ouvir

Para encher os teus ouvidos de encanto,

A tua vida de sonhos,

Regozijar-te em felicidade.

 

E repito as palavras vezes sem fim.

E continuo não encontrando a palavra certa

Que possa ser dita pela sua voz doce

E tenha o significado real de tudo.

 

Me sinto incapaz de te alegrar

- O que me perturba sobremodo -

Mas, num último esforço,

Apelo para a simplicidade

E do fundo do meu coração

Desabafo!

Ontem, quinta-feira, dia 05 de setembro foi o dia do irmão, irmão que presumo seja de sangue, irmão que esta perto, que ri, vive e convive nos bons ou nos maus momentos. Irmãos de alma, temos muitos. Irmãos que a vida nos trouxe, temos outros ainda.

Sempre-nunca

No despertar da lótus,
teu reflexo no espelho,
sublinhando ancestrais demandas,
e passivos comunitários semblantes
 
Ação e reação, carma
frutificando intenções,
más, boas e neutras
 
Shiva, libertarás
Darei-lhe vontade própria
Flutuará, então, de volta para casa
 
Talvez, sempre-nunca
nunca, talvez, sempre
E nestes cânticos, emerso
 
Futuro-passado,

O PÁSSARO LIVRE

 

Violinos lacrimejam uma melodia alegre que sai das suas profundezas.
Cordas habilmente rasgadas por dedos ágeis, retalham o vazio.
O pássaro livre, na sua gaiola fechada, escuta sem entender aqueles sons feitos por pessoas estranhas.
Que antes só ouvia na meia-luz lamentar.
Continuando o seu afortunado saltar de baloiço em baloiço, na sua gaiola de um único vaivém.

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