Requiem para alma!
Autor: DiCello Poeta on Friday, 6 September 2019Hoje cedo, ao acordar
Ouvi ao longe, um réquiem de violinos
Creio que uma flauta doce
Hoje cedo, ao acordar
Ouvi ao longe, um réquiem de violinos
Creio que uma flauta doce
Violinos lacrimejam uma melodia alegre que sai das suas profundezas.
Cordas habilmente rasgadas por dedos ágeis, retalham o vazio.
O pássaro livre, na sua gaiola fechada, escuta sem entender aqueles sons feitos por pessoas estranhas.
Que antes só ouvia na meia-luz lamentar.
Continuando o seu afortunado saltar de baloiço em baloiço, na sua gaiola de um único vaivém.
Sim, sou homem. Poeta
Caucasiano, sul-americano
De descendência européia
Caminhas nua pela praia
Deixar sulcos das tuas pegadas
Nas areias úmidas
Eu escrevi
Reescrevi, traduzi
esculpi teu nome
Quero ser por ti devorado,
gritar louca e com voracidade n’alma
ouvir teus gemidos desvairados