No despertar da lótus,
teu reflexo no espelho,
sublinhando ancestrais demandas,
e passivos comunitários semblantes
Ação e reação, carma
frutificando intenções,
más, boas e neutras
Shiva, libertarás
Darei-lhe vontade própria
Flutuará, então, de volta para casa
Talvez, sempre-nunca
nunca, talvez, sempre
E nestes cânticos, emerso
Futuro-passado,
O PÁSSARO LIVRE
Autor: Joaquim Direitinho on Thursday, 5 September 2019
Violinos lacrimejam uma melodia alegre que sai das suas profundezas.
Cordas habilmente rasgadas por dedos ágeis, retalham o vazio.
O pássaro livre, na sua gaiola fechada, escuta sem entender aqueles sons feitos por pessoas estranhas.
Que antes só ouvia na meia-luz lamentar.
Continuando o seu afortunado saltar de baloiço em baloiço, na sua gaiola de um único vaivém.
Homem invisível!
Autor: DiCello Poeta on Thursday, 5 September 2019Sim, sou homem. Poeta
Caucasiano, sul-americano
De descendência européia
Pontiagudos e preminentes!
Autor: DiCello Poeta on Thursday, 5 September 2019Caminhas nua pela praia
Deixar sulcos das tuas pegadas
Nas areias úmidas
Você está em todos eles!
Autor: DiCello Poeta on Thursday, 5 September 2019Eu escrevi
Reescrevi, traduzi
esculpi teu nome
Nossa sexta-feira de sexo!
Autor: DiCello Poeta on Thursday, 5 September 2019Quero ser por ti devorado,
gritar louca e com voracidade n’alma
ouvir teus gemidos desvairados
Inefável
Autor: Antonio Archangelo on Thursday, 5 September 2019
Inefável, a verdade é que queria estar nu
Inefável, poder supremo megalomaníaco
Inefável, regozijo-me nas veredas da vergonha alheia
Inefável, joelhos que não aguentam tantas súplicas...
Inefável, poderia, quem sabe, estar no mar?
Inefável, som inquebrantável dos desejos!
Inefável, tire-me da ignorância do tudo-sei
Inefável, nas grutas profundas do centro do mundo
Inefável, inefável, inefável!