Até amanhã,
Até outro dia!
Vou estar lhe esperando,
Preso nesse infinito hoje…
Mas você é livre!
Transita entre os sonhos de amanhã
E as lembranças de ontem;
Mas, nem sempre, para no fugidio hoje…
Retratos, canções,
Lembranças, palavras…
Fragmentos empoeirados de você
Que ventilam o meu abafado hoje.
É lixo!
O papel que embala o sabão que me lava,
Que limpa o meu corpo da minha sujeira;
Embalagem vazia apenas. Inútil…
O panfleto da propaganda ordinária da rua
Em cujo verso eu rascunho minha poesia…
Lixo! Puro lixo!
A garrafa da água que bebo,
Corpo vazio, usado,
Descartável, desprezível!
Lixo!
A sacola do mercado…
Que trouxe minha comida…
Agora carrega meus restos!
Jogo na rua; sem pudor, sem gratidão,
Sem consideração…
Estou vivo
Sim estou... sinto na forma
Como pulsa, acelera
Hoje vou brincar
Na verdade faço sempre
Escrevo como um ser
Se te amar me fez enlouquecer...
Imagina só, quando me amares
me tornarei totalmente insano
Sentir na boca
Que me leva a um estado
A um delírio triunfante,