O teu perfume

O teu perfume

 

A lua inspira-me

Quando brilha no firmamento

O vento frio traz-me lembranças

Do teu cheiro

A sensação de cada olhar teu

Desperta lembranças vazias

Levando-me àquele lugar especial

De sonhos e ternuras

Onde a noite era tão luminosa

E juntos admirávamos as estrelas

O cheiro do teu perfume

Embriaga-me cada vez que te recordo

E faz-me parar no tempo.

Fecho os olhos e procuro-te

Entre a brisa gelada4

Que o vento espalha pela noite

Onda de calor

Onda de calor

 

Ferve de norte a sul

Queima, incendeia

Nem há brisa na praia

Nem ondas no mar

Faz-se chama viva

Este calor abrasador

Comtemplo enternecida os montes

Percorrendo a orla deserta

Ao longe, nuvens cobrem o horizonte

O sol...

Pinta sorrisos nas nuvens

Nesta tarde quente de verão

O mar...

Com suas ondas refrescantes

Convida a mergulhar

Como uma tempestade

Derruba as impurezas da mente

Fragmenta resíduos da memória

Os poetas

Os poetas

 

Às vezes se apaixonam por musas

Silenciam, argumentam, discutem

Com a folha de papel e a caneta

No final do dia quando anoitece

Procuram a paz

E quando se encontram a sós com a alma

A poesia acontece!

Tiram dentro do peito a Emoção

Aspirando o aroma da poesia

Os versos que escrevem

Vêm de dentro do coração

As almas dos poetas

Não as entende ninguém

Escrever, é a sua terapia

Conjugam o verbo amar

Em perfeita harmonia

Rosa amarela

Rosa amarela

 

Obra divina

Perfeição do amor

Sua cor brilhante e ensolarada

Evoca um sentimento de calor

Seu perfume é puro

Suave, inebriante

Veste-se de pureza

E mesmo com espinhos

Irradia toda a sua beleza

Flor simples e bela

Rainha no jardim

Ela consegue invadir

O mais íntimo de mim

É energia na minha alma

Encanta-me, fascina-me…

No encontro com o alvorecer,

Veste-se de lua e de sol,

É poema a brotar da terra

Rumo ao infinito

Rumo ao infinito

 

Em teus olhos

Vejo uma metamorfose ambulante

Tuas pupilas são o meu mundo

Não sou bipolar, sou flutuante

Elas expressam calma

E se idealizam na certeza do infinito

Tua voz habita no silêncio da saudade

O Céu está tão distante

Que Minh ‘alma sofre de ansiedade

Sou infinito de contradições

Sou complexa para ser explicada

Muito confusa para ser entendida

Sou um poço infinito de palavras

Jamais fui compreendida

Costuro o infinito sobre o peito

Setembro

Setembro

 

Há um prenúncio de chuva

No perfume que a nuvem comprime

As folhas subtis das árvores

afagam suavemente o solo

pintando de cor a calçada

O vento do Norte

Mima com beijos suaves

As folhas que perderam a cor garrida

Num delírio enfraquecido do verão.

Ergue-se setembro

As estradas dos meus sonhos

Reabrem-se dentro de mim

O vento traz o fresco às madrugadas

A brisa baila por entre os campos

E eu sentada no banco do jardim

Silêncio de paz

Silencio de paz

 

Vagueio nas páginas rasgadas

De um velho livro

Oculto em meu olhar

A poesia de amor incontido

Transbordou!

Este contagiante enredo poético

Está agora submerso

Abro a janela, para ver nascer a aurora

Tento povoar-te docemente

No horizonte das minhas lembranças

Urgem versos envoltos em véus

Que descortinam os segredos de outrora

Uma voz emudecida retém as palavras

Encravadas na minha garganta

Tento buscar refúgio em meus pensamentos

Utopia

Utopia

 

Harmonia que vem do meu interior

Sentimentos que materializei

Sem permissão, vindos da aurora

No jardim do meu olhar

A utopia está lá no horizonte

Favorece a felicidade que tenho

É de poesia que vou vivendo

De mar de rosas de céu estrelado…

Este emaranhado de sensações adormecidas

São uma visão fantasiosa, contrária ao mundo real

Refle um brilho obtuso e hipnotizador

Meus olhos brilhantes se enchem de lua cheia à meia-noite

Fantástica viagem que faço em busca

Sombras

Sombras

 

Meus olhos se encheram de emoção

Diante das águas tranquilas do rio

Um sorriso iluminado acompanhou o meu olhar

Por entre os orvalhos da saudade

Tu estavas lá, olhando o rio

Com teu ar sereno e misterioso

Rodopiavas em pensamentos ao som do barulho do vento

É quase outono, o sol já se esconde envergonhado

Por entre as folhagens das árvores que teimam em cair

Como um pescador de sonhos

Alimentas a alma nos reflexos das águas do rio

Meu coração é uma folha solta no ar

Pages