EU E O “JORNAL DO FUNDÃO”

EU E O “JORNAL DO FUNDÃO”

Já lá vão umas décadas, quando pela primeira vez li o “Jornal do Fundão”, pela mão do meu conterrâneo Francisco dos Santos Vaz, o “mítico” semanário fundado e dirigido pelo jornalista fundanense António Paulouro.

Andava a dar os primeiros passos em Gouveia, na Escola Apostólica de Cristo Rei, e nas férias do Natal, da Páscoa e no Verão, apesar de viver numa aldeia isolada esquecida do mundo, havia um fraterno convívio com os conterrâneos, também eles a frequentar cursos em diversos espaços culturais.

Se

Se

Se eu pudesse dizer o que vejo quando o sol nasce, se eu pudesse contar o que sinto com os olhos fechados…

Não posso, ninguém pode, não é possível, a vida não se explica por palavras, sente-se por dentro.

É preciso viver cada instante sem fechar os olhos.

Olhar sempre lá de cima para ver o que está cá em baixo, olhar de baixo para cima faz mal o que se vê é grande demais.

MS

Chamo por ti

Porque a lua está crescer

Porque os grilos falam

Porque os texugos atravessam as estradas de noite

Porque gosto dos campos de milho

Porque sinto o teu respirar junto do meu

Porque a terra se junta com o sol quando estamos juntos

Porque todos os bichos sabem que te quero

Chamo por ti.

MS

 

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